Duas semanas de férias na Itália, uma confissão envergonhada, a receita da minha mala enxuta e o novo concurso “Pra onde vou?”

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Bom dia, pessoal!!!! Na sexta-feira passada eu revelei meu novo destino de viagem quando publiquei a receita da salada toscana. Vamos passar um pouco menos de duas semanas na Itália como complemento das nossas férias de 20 dias para a Austrália e Nova Zelândia em maio desse ano. Apesar de eu já ter dito pra onde vou, o tradicional concurso vai acontecer sim, mas dessa vez será um pouquinho mais difícil, rs! Antes de divulgar as regras e mostrar um dos prêmios, gostaria de contar a vocês sobre a escolha desse país como destino das novas férias.

Eu e minha irmã Flávia em Pisa, Roma e Veneza - Itália, 1996

Eu e minha irmã Flávia em Florença, Roma (Coliseu) e Veneza - Itália, 1996

Estive na Itália em julho de 1996 com meus avós maternos e minha irmã do meio. Foi minha primeira viagem à Europa e na época passamos por mais seis países: Inglaterra, França, Mônaco, Espanha, Portugal e Suíça. Dessa lista, os lugares que mais gostei foram a Inglaterra, Mônaco e Suíça, mas Portugal também foi muito especial porque tenho parentes em Viseu e adorei a oportunidade de conhecê-los pessoalmente em uma divertida festa de casamento.

Eu tinha 23 anos e estava completamente apaixonada pelo Marcelo, que havia começado a namorar menos de um ano antes. No início da viagem, tudo era novidade, mas lá pro meio do passeio começou a bater a maior saudade e acho que isso deve ter influenciado a minha percepção de alguns lugares.

Sempre ouço as pessoas dizerem que amaram Veneza, que acharam a cidade linda e romântica. Eu normalmente fico calada porque vou confessar que não gostei nem um pouco de lá, mas tinha vergonha de admitir. Aos 23 anos, achei a cidade suja, decadente e sombria. Fizemos um passeio pelos canais à noite e me senti em um trem fantasma de parque de diversões. Cheguei a ficar com medo de verdade! Pois é, pessoal, acho que fui a única pessoa do mundo que teve essa impressão, né? Roma também não me agradou. A impressão que tive foi a de um lugar com trânsito caótico, pessoas impacientes e ríspidas. Nossa, quantas bandeiras vermelhas! Nem parecia que eu trabalhava com intercâmbio e pregava a tolerância cultural…

A impressão geral que tive das outras cidades pelas quais passei na Itália foi de uma quantidade absurda de turistas, filas enormes e bastante tumulto. Bom, isso é natural, já que julho é alta temporada e o país recebe muitas visitas o ano todo. A escolha da Itália para essas férias curtinhas foi do Marcelo, que sonha em conhecer o país há muitos anos. Eu sempre tentava emplacar outro destino e conseguia, mas dessa vez me rendi à vontade dele, rs!

A expectativa para esse retorno à Itália é a de que minha percepção mude bastante. Nas andanças que fiz pelo mundo nesses 40 anos de vida, notei que alguns lugares considerados sujos, confusos e tumultuados me agradaram muito porque consegui passar por cima dessa visão superficial e enxergar as belezas e riquezas que ali existiam. Um bom exemplo disso é o mercado VER-O-PESO em Belém do Pará, uma cidade que amei e para onde voltaria mil vezes! Para muitos, a gigantesca feira a céu aberto é um lugar a ser evitado por turistas, mas eu encontrei ali um mundo de novidades, cores, aromas e sabores que não conhecia e que me encantaram!!!! Publiquei o post sobre essa viagem no ano passado e vocês podem conferir a minha empolgação NESSE RELATO. Além disso, depois que entrei para a Faculdade de Desenho Industrial e tive aulas maravilhosas de História da Arte, comecei a me interessar por cidades medievais e pela produção artística da época. Por isso tudo, sei que a minha mentalidade hoje em dia é bem diferente daquela da garota de vinte e poucos anos.

Sendo assim, embarcarei amanhã com o coração aberto e livre de preconceitos!!!!

 

A MINHA MALA ENXUTA

Pessoal, sei que vocês ficam pasmos com o tamanho da bagagem que levo em viagens longas, né? Em 2012 bati meu recorde ao viajar por mais de 20 dias pela Rússia, Turquia e Grécia com uma mala de mão e isso me deixou animadíssima! Fiquei com vontade de repetir o feito em 2013, mas esse ano as comprinhas (VEJA AQUI) não permitiram. Não foi só pelo volume, mas porque alguns itens eram proibidos na cabine do avião.

Nessas férias de 12 dias, resolvi encarar um novo desafio: levar pra Itália a mesma mochila que uso pra viajar pelo Brasil nos finais de semana!!!!! Eu pensei bastante antes de tomar essa decisão, mas achei que seria viável e segui em frente. De acordo com o site WEATHER CHANNEL, vamos pegar temperaturas entre 10 e 26 graus, o que pra mim é bastante agradável, já que adoro um friozinho e, se pensarmos bem, só faz 10 graus de madrugada. Na maior parte do tempo, a temperatura deve ficar em torno dos 15-20 graus. Então percebi que não precisaria levar roupas de frio tão pesadas e volumosas.

Minha lista é a seguinte:

• 1 casaco na mochila e outro no corpo
• 2 calças (uma jeans na mochila e outra de malha no corpo)
• 2 calçados (um tênis confortável na mochila e minha botinha de trekking – mais pesada e volumosa – nos pés)
• 2 meias calças térmicas
• 2 pares de meias de lã e 2 pares de meias grossas de algodão (porque lavo essas peças no banho)
• 6 calcinhas e sutiãs (porque lavo essas peças no banho)
• 6 blusas quentinhas (de lã e outros materiais mais leves)
• 1 blusa térmica tipo “segunda pele”
• 4 camisetinhas básicas e velhinhas que podem ser descartadas ao longo da viagem
• 6 cachecóis
• 1 boina para me proteger da chuva fina
• Nécessaire contendo estojo de maquiagem e itens para toilete
• 1 bolsinha tipo porta-níqueis com brincos e anéis
• Carregadores de celular e câmera + bateria extra

As seis blusas quentinhas

Os seis cachecóis

O tênis mais confortável do mundo e o casaco que vai na mochila

A mochila

Quando viajo, o que mais valorizo nas peças de roupa que uso é o conforto e, infelizmente, apesar de achar as botas de cano alto lindas e super elegantes, meus pés reclamam demais e por isso elas nunca entram na minha lista. Gosto de andar o dia inteiro e meus pés doem muito se eu não usar calçados bem macios. Por esse motivo, sapatilhas e sandálias também não entram em bagagens para viagens que durem mais do que um final de semana.

E isso é tudo, pessoal! Não tenho segredos ou truques para montar uma bagagem enxuta, mas existem duas palavras-chaves: DESAPEGO e SIMPLICIDADE. Não tenho nenhum constrangimento em repetir roupas, mas faço combinações diferentes com as blusas de manga comprida, os cachecóis e os casacos que levo. Dessa forma, dá pra usar um look diferente por dia, mesmo tendo pouca coisa à disposição.

Vocês devem estar pensando: “Onde a Bonfa vai colocar as comprinhas?”. Dessa vez eu não pretendo comprar nada, até porque em dezembro vou passar 17 dias visitando a minha irmã nos Estados Unidos e lá não tenho como escapar de uma mala bem grande e espaçosa, rs! Acho que tudo é tão interessante, diferente e barato nos EUA que vale a pena economizar agora.

 

O NOVO CONCURSO “PRA ONDE VOU”?

Esse concurso vai ser parecido com o que promovi em 2011, quando visitei 7 países do Leste Europeu, lembram?

Mapa da Itália retirado DAQUI

O primeiro leitor (e somente o primeiro leitor) que acertar as 7 cidades pelas quais passarei durante a viagem à Itália ganhará um presente que trarei do país, além desse conjunto de peças em porcelana pintadas à mão pela minha mãe, que podem ser usadas para servir azeitonas, pastinhas ou petiscos em geral:

Mami gentilmente ofereceu essas louças únicas que pintou com muito carinho especialmente para um dos leitores do blog. A inspiração dela foi a culinária italiana e os tons terrosos que lembram a região da Toscana.

Para ajudar na brincadeira de adivinhação, nos próximos dias (onde houver WIFI gratuito, claro, rs!), pretendo publicar algumas fotos da viagem no Instagram e/ou no Facebook. Mas os palpites só vão valer mesmo quando eu voltar de férias e postar as fotos oficiais de todos os lugares por onde passei em um NOVO POST no dia 4 de novembro ao meio-dia, OK?

Para as regras ficarem bem claras, elaborei a seguinte lista de considerações sobre o concurso:

1. Só vale quem acertar o nome da cidade equivalente à imagem que eu publicar quando retornar das férias. Não adianta colocar o nome das cidades certas nas fotos erradas.

2. Só vale participar uma única vez e não há possibilidade de mudar a resposta.

3. Não esqueçam de deixar seus e-mails/blogs para contato juntamente com os palpites.

4. É vetada a participação de pessoas para quem dei alguma dica sobre os lugares por onde vou passar.

5. A participação nesse concurso é restrita a quem possui endereço de entrega no território brasileiro.

6. O post com as fotos das 7 cidades será publicado no dia 4 de novembro de 2013 ao meio-dia. Só a partir de então e só no formulário de comentários do NOVO POST é que vou aceitar as respostas.

Pessoal, se tiverem alguma dúvida, fiquem à vontade para deixar suas perguntas no formulário de comentários desse post. Vou respondê-las na medida do possível porque, depois que eu embarcar, não sei quando terei acesso à internet.

Pra terminar, gostaria de avisar que a loja COISAS DA BONFA ficará fechada durante o período de férias e eu só acessarei a minha caixa de mensagens do GMAIL a partir do dia 4 de novembro.

Um grande beijo pra todos com votos de que outubro seja um mês maravilhoso e bastante produtivo!

Boa sorte e até a volta!!!!

Uma salada incrementada inspirada no destino da minha próxima viagem de férias

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Pois é, pessoal… já entrei em clima de férias!!!! A gente normalmente tira vinte e poucos dias no primeiro semestre do ano e mais dez ou quinze no segundo. Eu gosto muito de poder dividir esse período de descanso porque acho que assim aproveitamos melhor as viagens. Dessa vez vamos para a Itália, país que visitei na minha primeira incursão à Europa no distante ano de 1996. Faz tempo, né? Apesar de ter revelado pra onde vou, a tradição da brincadeira de adivinhação será mantida, mas com uma pequena diferença. Bom, isso é assunto para o post de segunda-feira (espero vocês!) porque hoje é dia de receitinha!

Experimentei essa salada pela primeira vez na editora onde trabalhei por quase 8 anos. Os funcionários da empresa eram agraciados com comida caseira preparada por uma cozinheira de mão cheia! O cardápio normalmente era criativo e variado e eu amava quando descobria que no almoço seria servida a “salada toscana”. O fato curioso aconteceu quando eu tive vontade de reproduzir essa receita em casa outro dia e fui procurar a quantidade certa para cada ingrediente na internet. Descobri que existem muitas variações para a “salada toscana”, mas não encontrei nenhuma que se assemelhasse à que eu comia. Então apelei para a minha memória, listei todos os ingredientes que eu lembrava, fui ao mercado e encontrei quase tudo.

Provavelmente o nome dessa salada não é toscana, mas com certeza seus ingredientes tem tudo a ver com a Itália e seu clima mediterrâneo. Eu não ligo pra saladas básicas, mas adoro quando experimento uma receita incrementada com ingredientes inusitados. Essa é, sem dúvida, uma das melhores saladas que já provei!

Os ingredientes são os seguintes:

• Pimentão amarelo
• Tomate cereja
• Queijo amarelo cortado em cubinhos
• Manjericão roxo (infelizmente não encontrei e substituí pelo mais comum)
• Cebola
• Alho
• Vinho tinto
• Limão
• Croutons
• Agrião (não faz parte da receita original, mas resolvi incluir)

Cortei o pimentão amarelo em tiras fininhas e depois em quadradinhos pra que o legume ficasse bem pequenininho. Em seguida, acrescentei os tomates cereja, as folhas de manjericão e os cubos de queijo Minas padrão. Sobre a quantidade de cada coisa, vou ser sincera, não sei! Mas fiz tudo “de olho” e deu certo, rs!

Piquei meia cebola e espremi três dentes de algo no bowl onde coloquei os outros ingredientes antes de espremer meio limão. Atenção pra quem não é super fã de alho como eu: o melhor é reduzir a quantidade e maneirar também no suco do limão.

Derramei um cálice pequeno de vinho tinto seco por cima de tudo, adicionei uma pitada de sal e um filete de azeite, acrescentei o agrião e deixei os croutons por último para que não amolecessem demais.

Na hora de servir, coloquei a salada em um bowl branco ao lado de um potinho com azeite aromatizado à base de pimenta. Na foto acima, os ingredientes que se assemelham a cubinhos de presunto são, na verdade, os pedaços de queijo que absorveram o vinho.

E assim ficou pronta uma receitinha rápida, fácil de fazer e que rendeu muitos elogios! Acho que é perfeita para um almoço leve em um dia bem quente!

Um grande beijo pra todos e Buon appetito!

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Um final de semana no Pantanal-MT: safári na Transpantaneira

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Bem-vindos ao Pantanal!

A estátua de São Francisco de Assis, o padroeiro da ecologia, no início da Transpantaneira

Uma das 118 pontes de madeira da rodovia Transpantaneira

A exuberante Piúva ou Ipê Rosa

Lindas paisagens pelo caminho…

… e fauna riquíssima!

O colorido Araçati

Aglomeração de Tuiuiús

Garça branca

O famoso Carcará

Capivaras nadando em fila indiana

Cervo do Pantanal

Meu primeiro avistamento de jacarés!

E eu com receio de não ver bicho nenhum, rs! Eles estavam por toda a parte!!!!

Caminhando na nossa direção…

… com um “sorriso” no rosto!

Nosso guia super corajoso!

Quando estivemos na Chapada dos Guimarães no ano passado, o Marcelo teve a ideia de voltar ao Mato Grosso para percorrer a Rodovia Transpantaneira num final de semana. Ele fez as contas e achou que seria tempo suficiente para aproveitarmos bem a estadia no Pantanal. E ele tinha razão! Copio abaixo um trecho no relato do Marcelo no site MOCHILEIROS:

“Não sei exatamente como me veio a ideia, mas vi que cabia num fim de semana. Inicialmente eu achava que seria necessário um guia com carro e tal. Depois, pesquisando, vi que dava para encarar de carro comum na época seca (meio de ano), por conta própria. Então ficou acertado: assim que houvesse alguma promoção, voltaríamos para lá! E rolou promoção, como quase sempre rola. Não com os incríveis R$ 99 por perna que pagamos no ano passado, mas a também muito convidativos R$ 129. Claro, para tanto é necessário comprar com meses de antecedência. Compramos em abril para a viagem em agosto”.

Chegamos de madrugada em Cuiabá, fomos direto dormir e partimos para Poconé (a 100 km de distância) no sábado bem cedinho.

Pracinha em Poconé

O Pantanal é considerado a maior planície alagada do planeta, compreendendo parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de parte da Bolívia e Paraguai. Sua biodiversidade é fascinante contendo mais de 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 50 de repteis, além de centenas de espécies de peixes e insetos.*

Acabou o asfalto!

A Rodovia Transpantaneira possui 145 km de extensão e a estrada é praticamente toda de terra batida. Ela liga a cidade de Poconé até a localidade de Porto Jofre, na beira do Rio Cuiabá, na divisa dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.*

Pouco depois de acabar o asfalto, chegamos ao famoso portal de madeira que marca o início da Transpantaneira. Tiramos algumas fotos com o “cartão postal” e aproveitamos para conhecer o Zico, um jacaré solitário que vive ali pertinho e ganhou até uma plaquinha indicando o local onde mora.

O Zico fica lá no fundo pra ter mais privacidade, rs!

Um dos melhores pontos para observação da fauna local fica logo no começo da estrada, pouco depois do portal, entre a primeira e a segunda ponte de madeira. Bom, pelo menos foi assim na época seca. Vimos inúmeras garças, tuiuiús e jacarés nesse trecho e não encontramos a mesma concentração de animais em nenhum outro pedaço da Transpantaneira.

Antes de embarcarmos para mais essa aventura de final de semana, pensei que nós poderiamos ter o azar de ver poucos bichos na estrada, da mesma forma que a gente corre o risco de viajar para uma cidade praiana e pegar chuva direto, né? Mas que nada, eu estava completamente enganada!!!!! Tinha jacarés por todos os lados, tuiuiús, garças e cavalarias (pássaros de cabeça vermelha) aos montes e capivaras idem. É impossível o turista voltar do Pantanal sem centenas de fotos da fauna no cartão de memória! O lugar parece um verdadeiro zoológico ao ar livre.

O jacaré com cara de “Não tô nem aí pra vocês!”

No início do percurso eu estava morrendo de medo da jacarezada, mas depois percebi que eles estão tão acostumados com a presença do homem que nem dão muita bola pra gente.

Apesar disso, nos dois dias que estivemos por lá, cruzamos com pouquíssimos carros na estrada. Talvez uns 20, no máximo. Não mais do que isso, com certeza.

Na Transpantaneira há 120 pontes no total, sendo que 118 são de madeira.

Algumas pontes estavam em bom estado, outras precisavam de uma reforma urgente e ainda havia uma ou duas interditadas.

Pelo que pudemos observar, é perto das pontes que os animais se concentram devido ao acúmulo de água.

Achei isso bem oportuno, já que dessa maneira conseguimos tirar boas fotos a uma distância segura.

Jacarezinho boiando na maior tranquilidade…

… já esse parecia meio atolado na lama!

Eu me contentava a ver a jacarezada lá de cima e só arriscava descer algumas vezes, mas o Marcelo…

…chegava muito mais perto!!!!

Esse daí estava encarando o Marcelo!

Próximo ao início da rodovia, encontramos esse pequeno portal com uma homenagem a São Francisco de Assis, o padroeiro dos animais e da ecologia.

Os tuiuiús e garças conviviam harmoniosamente…

… mas enquanto as garças eram mais sensíveis à nossa presença e voavam quando nos aproximávamos muito, or tuiuiús não pareciam se importar com a gente.

Pássaros, pássaros e mais pássaros em todas as direções!

Foi debaixo da escassa sombra de uma árvore meio seca que avistei o primeiro grupo de capivaras… adoro esses bichinhos fofos e gorduchos!!!!

Nosso hotel ficava praticamente no meio da estrada e paramos para fazer o check-in rapidinho antes de continuarmos nosso safári.

O PANTANAL MATO GROSSO HOTEL é uma hospedagem bem agradável com todas as refeições incluídas. Tem piscina com cascatinha, bar, lojinha, aluguel de cavalos, deck para pescaria, oferta de passeios pelo rio e focagem noturna. O atendimento foi nota dez, todos os funcionários eram muito simpáticos e atenciosos.

Lá vimos muito passarinhos como esse, batizado de Cavalaria e também conhecido como joaninha, cabecinha-vermelha, galo-da-campina-pantaneiro, cardeal-de-bico-amarelo e cardeal-do-pantanal.

Adorei as lixeiras do hotel com carinha de jacaré!!!!

Deck para pescaria e embarque na lancha que faz os passeios pelo Rio Pixaim

Não chegamos nem a deixar as mochilas no hotel porque nosso quarto ainda não estava pronto e seguimos em frente.

Poucos quilômetros depois avistamos um Cervo do Pantanal.

E também vimos pela primeira vez algumas aves se alimentando de peixes que ainda se rebatiam dentro dos bicos alongados.

O Carcará nos chamou a atenção pela coloração de seu bico que mescla um tom de cinza azulado com vermelho vivo. Esse parecia meio arredio na estrada, mas depois encontramos outros dois perto da piscina do hotel que estavam bem à vontade!

Em alguns pontos da estrada não há cercas de arame limitando o acesso dos visitantes. Aproveitamos a oportunidade para chegar mais perto dos jacarés tomando o cuidado de não assustá-los.

Com o calor que fazia naquele dia, eu só pensava em como os jacarés deviam estar felizes dentro d’água, rs!

Mais adiante começamos a ver algumas capivaras isoladas, como as duas da foto acima…

… e essa solitária camuflada na vegetação!

Depois de várias paradas e mais 90 km desde o hotel, chegamos a Porto Jofre. É onde fica o Rio Cuiabá e a Transpantaneira termina abruptamente. Do outro lado do rio, já é Mato Grosso do Sul.

Do lado direito de quem chega a Porto Jofre há um hotel luxuoso para pescadores abastados (PORTO JOFRE HOTEL), cujas diárias não são pro nosso bico, rs! Alguns hóspedes chegam em seus aviões particulares.

Do outro lado do rio há um barco hotel que também recebe muitos pescadores. Deve ser bem legal pra quem se interessa por essa atividade.

Do lado esquerdo, vimos a entrada para a pousada e camping PORTO JOFRE PANTANAL, um lugar bem simples e econômico com uma área de camping meio sujinha. O preço é bom pra região, mas não me empolguei com o lugar, apesar de eu não ser nada exigente em relação a acomodações.

Ficamos um tempo por lá admirando o rio e o céu de um azul intenso. Foi um momento “relax” e uma pausa necessária antes de fazermos a viagem de volta ao nosso hotel.

A gente não se cansava de parar para fotografar e admirar os jacarés! Ver esses bichos de tão perto e assim tão “soltos” em seu habitat natural foi uma experiência única.

No caminho de volta, encontramos esse grupo tomando um solzinho…

… e um jacaré rebelde atravessando a estrada na nossa frente!!!! Ficamos com medo dele ser atropelado porque na ida encontramos um tão paradinho que devia estar morto. Por isso é importante manter uma velocidade baixa e ficar atento!

Quando chegamos no hotel, demos de cara com um grupo de capivaras descansando na sombra.

E lá fui eu fotografar a galera, que fugiu meio assustada!

Adoro esses bichinhos!!!!

Fomos levados ao nosso quatro, trocamos de roupa e aproveitamos o tempo disponível antes do jantar para nadar na piscina antes que os mosquitos começassem a nos atacar. No final da tarde, o pessoal serviu caldinho de piranha para os hóspedes. Achei uma atitude bem simpática, mas o caldo estava muito ralinho. Eu já havia provado outros mais encorpados e temperados. Fiquei meio decepcionada. O jantar também não era nada de mais, a comida era simples e sem muito tempero. Em compensação, os funcionários eram extremamente atenciosos, gentis e prestativos.

À noite fizemos um passeio de focagem noturna. Embarcamos em um caminhão no qual havia um guia com uma poderosa lanterna de longo alcance. Ele procurava animais pela mata e nos mostrava quando encontrava algum. Vimos olhinhos de jacarés brilhando no escuro, capivaras, um cervo e um lobeto, mas o momento mais interessante aconteceu quando o guia desligou a lanterna e pudemos apreciar o silêncio, a escuridão e o céu mais estrelado que já vi!

Depois do passeio, teve cantiga de viola no hotel, mas quando a gente viaja nos fins de semana, normalmente no sábado à noite estamos bem cansados e preferimos ir pra cama cedinho.

No dia seguinte, acordei por volta das 7h e fui dar uma caminhada nos arredores do hotel. Avistei umas cabecinhas se deslocando no rio e cheguei mais perto pra ver do que se tratava.

Eram capivaras fofas que estavam atravessando o rio em fila indiana até a margem oposta. Achei a cena fantástica!

Nos fundos do hotel havia outro grupo de capivaras e alguns cavalos soltos. No Pantanal, percebi que esses bichinhos eram desconfiados e arredios porque fugiam sempre que eu me aproximava. O engraçado é que os outros grupos de capivaras que encontrei em Belo Horizonte-MG, Curitiba-PR e Palmas-TO pareciam não se incomodar com a nossa presença.

O hotel oferecia um passeio de barco pelo Rio Pixaim e resolvemos nos inscrever para a primeira saída a fim de ver o sol nascer, mas eu e o Marcelo fomos os únicos interessados nesse horário e não houve quórum. O resto dos hóspedes preferiu dormir até mais tarde e embarcar no passeio das 9h. Então lá fomos nós com o grupo liderado por um guia muito simpático e divertido!

O guia chamava algumas aves por seus apelidos, as quais haviam sido treinadas por ele para acompanhar o barco, fazer algumas acrobacias e dar voos rasantes sobre as nossas cabeças. Essa garça era uma delas e a performance me lembrou muito o show de pássaros que assistimos no Desert Park em Alice Springs, na Austrália.

A garça performática

Vimos muitos jacarés e capivaras nas margens do rio, mas essa cena me surpreendeu: reparem no jacaré no meio dos bichinhos peludos!!!! Eles pareciam conviver harmoniosamente…

Num determinado momento, o guia parou o barco próximo a um grupo de jacarés e as câmeras fizeram a festa!

Chegamos bem pertinho dos bichos que nadavam em torno do barco.

Grupo de jacarés no Rio Pixaim

Nosso guia desceu do barco e se aproximou de um dos jacarés, que ele reconheceu e chamou pelo nome. Que coragem!!!!

O guia e o jacaré “bonzinho”

Continuando o passeio pelo rio, vimos esse tuiuiú bem grande.

Os galhos secos das árvores estavam cheios de aracuãs.

De volta ao hotel, o Marcelo encontrou esse araçati se deliciando com algumas frutinhas em um comedouro.

Os carcarás se juntaram a nós na piscina!

Antes do almoço, curtimos uma horinha tomando banho de piscina e ouvindo tradicionais cantigas sertanejas entoadas pelo guia do barco.

Momento “relax” total!!!!

Depois de comer, acertamos as contas e pegamos o carro rumo a Cuiabá. No caminho, uma cobra resolveu atravessar rapidamente para o mato do outro lado da estrada, passando bem na nossa frente. Eu levei um susto porque estava cochilando, mas senti quando o Marcelo freiou e o carro deslizou na terra. Felizmente, a cobra já havia passado e não atropelamos a bichinha!

Em outro momento, o Marcelo avistou um tamanduá, mas ele se assustou com o barulho do carro e entrou correndo no mato.

E eu tinha cochilado de novo, rs! A estrada era meio monótona em alguns trechos e eu estava com um sono voraz pós-almoço, mas volta e meia aparecia um bicho diferente. Infelizmente não avistamos nenhuma onça, mas alguns turistas em Porto Jofre conseguiram ver algumas durante um passeio de barco no dia anterior.

Zoom no tamanduá!

Paramos para observar um bando de garças levantando voo ao mesmo tempo…

… e também para fotografar os últimos jacarés da viagem!

Esse tinha cara de mau!

Enfim voltamos ao início da Transpantaneira e encontramos uma guia acompanhando um casal de turistas estrangeiros. Foi ela que tirou a foto acima. Conversando com a dona do camping em Porto Jofre, soubemos que só recentemente o número de turistas brasileiros na região começou a se equiparar ao de estrangeiros. É uma boa notícia, já que quando visitamos a Chapada dos Guimarães no ano passado, descobrimos que os visitantes gringos eram maioria absoluta. É ótimo saber que os brasileiros estão cada vez mais reconhecendo e valorizando as belezas do nosso país!

Um grande beijo pra todos vocês e até a próxima viagem!!!!

*Fontes:
http://www.mochileiros.com/fim-de-semana-na-transpantaneira-t86275.html
http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/br-mt-pantanal/fotos#9
http://www.wikiaves.com.br/cavalaria
http://viajarcomerefotografar.blogspot.com.br/2012/11/pantanal.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/MT-060