Os surpreendentes bouquets de papel da Nina

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Hoje tenho o imenso prazer de apresentar a vocês o tipo de trabalho artesanal que faz a gente suspirar e dizer: “UAU!!!!” Conheci o trabalho da Nina no ano retrasado, eu acho, mas só agora ela aceitou meu convite para compartilhar aqui suas belíssimas criações, rsrs! Vamos conhecê-la?

Meu nome é Nina Gatti, sou paulista e tenho 29 anos. Sou divorciada, mãe de um menino lindo e tenho uma lhasinha muito impetuosa que me faz rir muito.

Quem me apresentou ao blog da Bonfa foi minha mãe Dalva.

“- Vem ver que coisas lindas! ” Foi amor à primeira vista. Uma festa mais linda que a outra, cada detalhe feito com o maior cuidado, idéias originais... daquelas de te deixar boba. E as viagens? Sonhos!

Visitava o blog sempre que sobrava um tempinho. Tinha aberto minha loja virtual há alguns meses, e o volume de trabalho vinha aumentando. Quando não dava tempo pra nada além de cuidar dos pedidos e responder e-mails, Dona Mamis espiava por mim:

“– Nina, advinha para onde a Bonfa foi dessa vez? Você vai pirar quando ver essas fotos.”

Depois de quase um ano de trabalho, criei coragem e mostrei meu trabalho para a Katia pelo facebook. Imagina a minha felicidade de fan e admiradora, quando ela elogiou meu trabalho e ainda por cima me convidou para participar do Bonfa Convida?! Fiquei tão nervosa que não conseguia começar a escrever... tentava, tentava e não saía nada. Me enrolei tanto, demorei tanto... que ela precisou me convidar de novo. Hehe!

Dessa vez não levei nem minuto para começar. Coração explodindo de orgulho, mas dessa vez, nervosismo sob controle. Muito obrigada por essa oportunidade Bonfa. =D

O primeiro dinheiro que ganhei na vida foi com o artesanato. Eu tinha 16 anos e ainda lembro como meu coração pulou quando a própria dona da loja em que levei minhas primeiras peças, disse que ia ficar com todas. A idéia de trabalhar nessa área sempre esteve na minha cabeça, mas existia aquela teoria irrefutável que perambulava pelo mundo: “Não dá para viver do artesanato, é só um hobby.” Muita gente deve ter ouvido isso. Eu não só ouvi, como acreditei. Ah, as besteiras que a gente faz...

Fiz cursinho, consegui passar no vestibular e me formei em Biologia pela Universidade de São Paulo. Mas continuei a fazer minhas artes, estava em mim... não tinha como parar.

Me casei, tive um menino lindo – hoje com quase 6 anos – e foi enquanto cuidava dele que a fixação em trabalhar com artesanato voltou com força total.

Nunca fiz cursos de artesanato, encontrava alguns PAP’s na internet, em revistas; mas sempre levei jeito para pintura e desenho, então comecei a criar e vender algumas peças. Um trabalho tímido no início... mas descobri que era capaz de ganhar dinheiro com as minhas criações. Foi só depois do meu divórcio que eu realmente me dediquei de corpo e alma a fazer com que minha paixão se transformasse no trabalho da minha vida.

Digo assim, com esse peso todo, porque amo o que faço e não consigo pensar em fazer outra coisa. Não consigo me imaginar querendo me aposentar. Vou estar velhinha, com óculos fundo de garrafa e vou ter tesouras, pincéis, tintas e montanhas de papéis espalhados por todos os cantos.

Conto para todo mundo, com uma empolgação desmedida, que é possível sim fazer do artesanato uma carreira profissional e uma bem remunerada, diga-se de passagem. É lógico que há muito esforço envolvido: muitas horas de pesquisa para ficar por dentro das novidades (é a pesquisa de mercado em ação), para dar vida às idéias que surgem, mais algumas para descobrir como tornar a idéia vendável, muita conversa e negociação com os clientes para deixar tudo como eles imaginaram e principalmente um cuidado imenso com todos os detalhes na produção. Mas o resultado será proporcional à sua capacidade de se doar ao seu trabalho e a melhor parte - sempre virá acompanhado de lindos elogios.

Meus produtos são bem variados, assim como o material que uso para a produção. Tecidos, E.V.A, MDF.... mas meu ponto forte é o papel. E entre os trabalhos feitos com papel o que mais tem se destacado são as flores e os bouquets de casamento. Minha atual fixação.

É um trabalho personalizado, tudo é feito conforme as orientações das clientes e isso exige a troca de longos e-mails, muitas fotos e eventualmente até vídeo conferências. Gosto de saber exatamente o que esperam do meu trabalho antes de iniciar a produção, então acabo sendo bem minuciosa.

Nesse processo acabo fazendo amizade com muitas clientes e cada vez que uma delas volta querendo um presente para uma amiga ou as letrinhas do nome do bebê que está para nascer, fico com uma sensação maravilhosa no peito.

O volume de trabalho é imenso, assim já estou me programando para expandir o ateliê e adicionar novos produtos que ainda estão em “fase de teste”. A produção de itens personalizados exige um ritmo puxado, mas estou sempre empolgada com a criação de cada novo pedido que recebo e isso me dá a certeza de que estou no caminho certo.

Nina Gatti

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Nina, super obrigada pelo carinho, elogios, gentileza e delicadeza!!!! Ainda bem que eu insisti e você finalmente aceitou meu convite, rsrs! Posso te assegurar que a admiração é recíproca! Eu me apaixonei à primeira vista pelo seu trabalho e pensei: “Nossa, que coisa mais lindaaaaaaa!!!!!!”. Você realmente possui um dom especial e não acredito que as pessoas venham ao mundo com uma habilidade dessas por acaso. A escolha da profissão que vai nos acompanhar ao longo da vida é algo que deixa muitas pessoas inseguras e indecisas. Assim como você, eu nunca pensei em trabalhar com ilustração porque achava que era somente um hobby e que eu deveria ser engenheira, advogada, médica etc. O problema é que eu não conseguia me imaginar exercendo nenhuma dessas atividades. Quando cresci e tive que pensar seriamente no rumo que ia seguir, primeiro pensei em ser comissária de bordo, depois quis ser arquiteta, mais tarde me apaixonei pela publicidade mas acabei cursando Letras e depois tranquei a faculdade para estudar Desenho Industrial. Concluí o curso com habilitação em Programação Visual/Design Gráfico em 2000 e tenho certeza de que fiz a escolha certa no que diz respeito à profissão que mais se encaixa no meu perfil.

Achei muito interessante sua afirmação: “É possível sim fazer do artesanato uma carreira profissional e uma bem remunerada”. Por experiência e por ter contato com pessoas que trabalham com design, ilustração, costura e artesanato em geral, sei que você tem razão, mas como também ressaltou, para ser bem sucedido nessas áreas, é necessário ter muita diposição, esforço, pesquisa, dedicação, força de vontade e habilidade no relacionamento interpessoal. Normalmente quem trabalha por conta própria acaba dedicando bem mais do que oito horas diárias à função que exerce. Acho que isso é praticamente unânime! Mas, por outro lado, o prazer que a gente tem de desenvolver essas tarefas compensa as eventuais olheiras e as poucas horas de sono. A empolgação de realizar algo que gostamos e do qual nos orgulhamos não tem preço! É uma conquista pessoal.

Nina, mais uma vez, obrigada pelo seu depoimento e por compartilhar com a gente suas lindas criações.

Para conhecer melhor o trabalho da Nina e encomendar suas artes, basta clicar no seguinte link:

http://www.elo7.com.br/meninadoce

Um grande beijo pra todos com votos de um final de semana florido e FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!!!!