FARMERS FISHERS BAKERS e FIREFLY: dois restaurantes que adorei conhecer em Washington D. C.

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Passeando por Washington Harbour

Quando comentei com alguns colegas de academia que passaria 17 dias nos Estados Unidos, a maioria imaginou que eu voltaria mais gordinha por excesso de hamburguers, batatas fritas, milk shakes e outras comidas gordurosas. Acho que muita gente ainda associa o país à junk food, mas se o visitante souber escolher bem, vai descobrir que Washington D. C. possui ótimos restaurantes, nos quais é comum encontrar pratos feitos com alimentos orgânicos e saudáveis.

É o caso da FARMERS FISHERS BAKERS, um dos lugares que minha irmã nos apresentou em Washington Harbour, um espaço delicioso localizado à beira do Rio Potomac, que concentra diversos restaurantes e é especialmente popular no verão.

Estive lá pela primeira vez justamente no verão e os bares estavam bem cheios, mas dessa vez o frio espantou o pessoal que gosta de se sentar ao ar livre. Havia alguns poucos corajosos no rink de patinação e aproveitamos para dar um passeio rápido pelos arredores, antes que nossas mãos e orelhas congelassem.

A arquitetura do restaurante FARMERS FISHERS BAKERS foi concebida com o intuito de aliar forma, função e criatividade em um ambiente aconchegante com vários efeitos decorativos inusitados.

O espaço é dividido em setores e cada um deles possui um tema diferente, que recebe uma decoração específica com toques surpreendentes, prontos para serem descobertos pelos clientes curiosos, como eu, rs!

O restaurante possui um compromisso com a sustentabilidade e utiliza vários materiais reciclados em sua arquitetura, além de peças feitas sob encomenda por artesãos locais.

Os donos do restaurante são fazendeiros e por isso tem a preocupação de servir alimentos sazonais e regionais sempre que possível. As matérias-primas vêm direto das fazendas americanas. Adorei a ideia de rechear as prateleiras com molhos, temperos e conservas, que servem ao mesmo tempo para decorar e estocar a comida.

Um dos toques mais divertidos da decoração é a banheira com o chuveiro ligado que fica entre o banheiro feminino e o masculino. Aliás, outra curiosidade é a sinalização das portas. O feminino tem escrito “ladies” ou algo assim, mas o masculino possui somente o desenho de um touro.

A preocupação com o design se estende aos talheres, que são customizados e possuem desenhos de animais gravados em suas hastes. Gosto muito de observar esse cuidado com os detalhes.

O cardápio é diversificado e os preços dos pratos de peixes variam conforme o resultado da pesca do dia a fim de garantir que tudo esteja bem fresco.

Como a gente adora entradinhas e a família é grande, aproveitamos para pedir o confit de alho, que veio acomapnahado por dois dips da casa e fatias quentinhas de ciabatta.

Basta levar alguns dentes de alho ao forno e temperá-los com azeite e ervas para obter um resultado delicioso. Já testei a receita em casa e adorei! O alho perde a “picância” e ganha um sabor levemente adocicado. Bom demais como aperitivo!

Os pretzels em forma de baguete vieram com três molhos bem interessantes: mostarda barbecue, queijo pimento e sour cream com cebola.

Minha irmã do meio pediu um sushi de atum que chegou na mesa sobre uma placa de ardósia. Adoro essa maneira rústica e charmosa de servir aperitivos.

A cremosa sopa de milho estava saborosa e apimentada na medida certa.

Provei um pedaço do Arctic Char que minha irmã pediu. O peixe encontrado em lagos alpinos e águas costeiras das regiões árticas, compartilha algumas características com o salmão a truta. Pela minha impressão, eu diria que a aparência é de salmão e o sabor é de truta. 

Dividi com meu pai um suculento prato de carne com molho de whisky, batatas fritas e confit de ervilhas.

A carta de cervejas do restaurante é variada e a gente decidiu pedir uma tábua com 4 provinhas. Minha irmã do meio e eu gostamos das IPAs (India Pale Ale) e escolhemos variações desse tipo, com destaque para a SEEING DOUBLE, que eu já havia experimentado em outro lugar e adorei.

E aí estamos nós degustando novos sabores e curtindo a viagem em família! Bom, preciso dizer que nem todos adoraram seus pratos, mas acho que as entradinhas foram uma unanimidade, estavam todas gostosas e foram muito elogiadas.

FARMERS FISHERS BAKERS
3000 K Street NW
Washington Harbour
Washington, DC 20007

Para o nosso último jantar na cidade, minha irmã sugeriu um restaurante que adorei, o FIREFLY. Estávamos passendo pela charmosa região de Dupont Circle e seguimos à pé até o local.

Meu pai fazendo pose em Dupont Circle

No site do restaurante, li que os pratos e a decoração são inspirados no conceito de “piquenique na floresta ao entardecer”. Romântico, né? Mas é a comfort food americana que conquista e encanta os clientes. Os ingredientes frescos são comprados de fazendeiros locais e o Chef Todd Wiss é responsável pelos pratos criativos que reinterpretam clássicos como os Deviled Eggs, que alguém da nossa mesa pediu.

Comecei a experiência gastronômica saboreando uma boa cerveja Porter, embora os coquetéis listados no menu parecessem bem interessantes.

Alguém da nossa mesa pediu Deviled Eggs de entrada, mas como não sou fã de ovo, me limitei a fotografar o belisquete, que achei super charmoso. Trata-se de ovo cozido cortado ao meio e recheado com a gema misturada a alguns temperos e especiarias. Nesse caso, o Chef adicionou páprica defumada, pó de alcaparras e chips de alho à receita. Quem provou, gostou.

Meu cunhado pediu ostras fritas empanadas e como esse ano eu tive a oportunidade de experimentar ostras pela primeira vez tanto cruas quanto cozidas de diversas maneiras, achei que seria legal acrescentar essa modalidade ao meu currículo, rs! Mas não me empolguei muito com o sabor e achei que a ostra se perdeu dentro da crosta de farinha.

Eu nunca tinha ouvido falar de polenta branca (que confundi com arroz) e gostei bastante. Os camarões temperados com alecrim estavam ótimos! Quando escrevi esse post, lembrei que minha irmã do meio pediu uma espécie de bolinho de bacalhau mais cremoso, que me agradou muito, mas infelizmente não fotografei.

O prato infantil ganhou um charme extra por ter sido colocado nessas panelinhas fofas! Meus sobrinhos ainda ganharam um brinde surpresa: massa de cookies com confeitos diversos que eles podiam modelar e decorar à vontade. Os biscoitos foram ao forno e chegaram quentinhos na hora da sobremesa.

Eu simplesmente amei o meu prato principal!!!! Foi melhor o gnocchi que já  comi na vida: salteado na frigideira com manteiga de sálvia, cogumelos chanterelle, noz pecã e beterraba listrada… hummmmmm!

Na verdade, eu não sou muito fã de gnocchi, mas resolvi dar uma chance para esse porque levava queijo de cabra na massa, um ingrediente que adoro.

Eu não pedi sobremesa, mas provei o Apple Cobbler da minha mãe, uma espécie de pavê de maçã com aveia e sorvete de pecã. Uma delícia!

Minha irmã pediu o bolo de cenoura acompanhado de crem cheese com chá verde e sorvete de batata doce. Muito bom!

Eu gosto muito quando a conta chega à mesa de uma maneira diferente da tradicional. Já recebi a notinha dentro de uma matrioska, de um livro antigo, de uma caixinha para bijouterias etc. Acho que a criatividade é um elemento importantíssimo em um restaurante e deve estar presente na criação da identidade visual e na elaboração do cardápio, assim como na decoração do ambiente, na escolha das louças, talheres e taças. No caso do FIREFLY, que significa “vagalume”, a conta veio enrolada em uma vela eletrônica dentro de um recipiente de vidro com tampa furadinha, igual aos potes que as crianças usam para capturar vagalumes e transformam em uma lanterna “viva”.
 

Fotografei minha família em frente ao restaurante quando saímos em direção ao carro, estacionado a alguns metros dali. Fazia 1 grau e ventava, o que fez a sensação térmica despencar. Minha irmã mais nova, cunhado e sobrinha infelizmente já tinham voltado, mas foi um jantar delicioso e inesquecível!

FIREFLY
1310 New Hampshire Avenue, NW
Washington, DC 20036

Pesquisando sobre outros restaurantes em Washington D. C., encontrei um post escrito por uma brasileira com muitas dicas interessantes, incluindo o FARMERS FISHERS BAKERS e o ZAYTINYA, que conheci em 2006 e também adorei. Pelo jeito, temos gostos parecidos e por isso achei legal compartilhar esse link com vocês:

http://sobreviagens.com/restaurantes-em-dc/

Estou de volta, mas é por pouco tempo. Vamos aproveitar as festas de fim de ano para colocar o pé na estrada e conhecer dois lugares novos: um no Brasil e outro na América do Sul. Nesse segundo destino uma aventura inédita me aguarda. Já comecei a sentir um friozinho na barriga e acho que vou ficar com muito medo na hora H, mas provavelmente vai valer a pena… assim espero, rs!

Um grande beijo pra todos e até o próximo (e último) post do ano!!!!