No ponto mais alto da cidade: Sky Tower
Vista de Auckland à noite a partir da Sky Tower
Reprodução da arquitetura maori no Museu de Auckland
Kiwi, o pássaro-símbolo da Nova Zelândia
Jardins do Albert Park
Lindas cores de outono no Albert Park
Vista do mar em Devonport, delicioso bairro residencial de Auckland
Uma típica casa vitoriana em Devonport, Auckland
Saímos de Cairns, na Austrália, no começo da tarde e pegamos um voo da Air New Zealand em direção a Auckland na Nova Zelândia. Só desembarcamos à noite por conta da diferença de fuso.
Ao contrário do que imaginávamos, os funcionários da imigração na Nova Zelândia não nos pediram documento nenhum. Percebemos que os australianos são mais exigentes nesse sentido. Compramos bilhetes para o ônibus do aeroporto (Airbus) que nos levou até o centro da cidade. Largamos as mochilas no hotel e saímos para passear um pouco. Em Cairns usamos bermuda, camiseta e chinelos, mas em Auckland estava frio… um friozinho gostoso como o do inverno paulistano… minha temperatura ideal!
Sky Tower iluminada à noite
Passeamos pela Queen Street e tivemos o primeiro contato com a cidade. De acordo com o que li e observei, o país atrai muitos imigrantes asiáticos. Pra vocês terem uma ideia, se me colocassem no meio da rua sem dizer que lugar era aquele, eu chutaria Malásia ou Singapura!
A Sky Tower é uma torre de comunicação e observação construída na década de 1990. Tem 328 metros de altura, é a estrutura mais alta do hemisfério sul e uma das maiores torres do mundo. Tornou-se um ícone de Auckland, atraindo milhares de turistas todos os anos. O pessoal sobe na torre para apreciar as deslumbrantes vistas da cidade e também para se aventurar em algumas atrações radicais.
Civic Theatre
Prédio da prefeitura de Auckland
Embora Wellington seja a capital da Nova Zelândia, Auckland é considerada a cidade mais importante, porque é a mais populosa e também a capital financeira do país. Segundo a Wikipedia:
“Umas das características da cidade é que ela localiza-se sobre um vulcão e há um grande número de géiseres no local. Auckland possui vários aspectos positivos. Um deles é seu clima, que é considerado um clima ameno, além da abundância de empregos e oportunidades educativas, bem como numerosas instalações de lazer.”
Sei que já escrevi isso em um post anterior, mas não custa nada lembrar o que mais me marcou nessa viagem:
“O que mais nos chamou a atenção nos dois países (Austrália e Nova Zelândia) foram as pessoas: nunca convivemos com gente tão simpática, amável, gentil, animada, alegre, de bem com a vida, descontraída, espontânea e… feliz! A revista SUPERINTERESSANTE desse mês (Junho de 2013) publicou uma pesquisa que coloca os australianos (“aussies”) e neozelandeses (“kiwis”) como o 4º e 5º povo mais feliz do mundo. Para comparar, o Brasil aparece em 44º lugar entre 142 países. Nos 40 países que visitei nos meus quase 40 anos de vida, nunca fui tão bem tratada! E por todo mundo: recepcionistas, comissárias, funcionários do aeroporto, caixas do supermercado, garçons, vendedores, motoristas de ônibus, pessoas aleatórias a quem pedíamos alguma informação e até mesmo agentes da imigração. O pessoal ria, brincava, contava piadas… nada parecido com as caras sérias dos agentes americanos, rsrs! Todas as pessoas que encontramos nessas três semanas, sem nenhuma exceção, foram extremamente atenciosas e lembrei que os aussies e kiwis que conheci durante o tempo em que trabalhei com intercâmbio se destacavam por sua simpatia.”
Chegamos em uma sexta-feira à noite e as ruas estavam animadas, cheias de gente arrumada seguindo em grupos para bares, restaurantes e boites. O Marcelo havia mapeado alguns bares que tinham boas opções de cervejas artesanais e lá fomos nós conhecer o ANDREW ANDREW.
Provamos alguns rótulos, mas o que eu mais gostei foi a GEEK, uma coconut porter que não tinha gosto nenhum de coco, mas o chocolate era bastante proeminente. Nunca experimentei uma cerveja assim, ela não chegava a ser doce, mas o sabor e aroma de chocolate eram extremamente pronunciados. Muito diferente, deliciosa e, infelizmente, impossível de encontrar no Brasil.
Pra saciar a fome, ou melhor, a gula, entramos na WENDY’S, rede americana que eu não frequentava desde a minha primeira viagem internacional à Disney com 15 aninhos! Eu só lembrava que na época fiquei apaixonada pelo sanduíche deles e não queria mais saber de Mc Donald’s. Não me decepcionei: pedi um hamburguer duplo com molho de cogumelos que estava saboroso e suculento!
No dia seguinte acordamos um pouco mais tarde do que o costume e fomos perambular pela cidade. Passamos pela Aotea Square, onde tirei muitas fotos desse portal de madeira que achei interessantíssimo. Trata-se de uma versão expressionista de um portal maori (povo nativo da Nova Zelândia) e seus entalhes representam pássaros, peixes, a lua crescente e também alguns elementos modernos como o símbolo do desarmamento nuclear e instrumentos musicais.
Portal de madeira na Aotea Square
O Marcelo sugeriu que fizéssemos um walking tour recomendado pelo guia LONELY PLANET e lá fomos nós.
Gosto de sair registrando tudo o que eu vejo de interessante: penso que qualquer coisa pode virar uma referência ou inspiração no futuro. No trailer da foto acima, funcionava um restaurante coreano e ficamos animados para conhecer essa culinária. Uma das coisas que adorei descobrir na Nova Zelândia é que o país é repleto de restaurantes asiáticos! As culinárias indiana e tailandesa são as minhas preferidas e fiquei empolgadíssima só de imaginar quantas comidinhas diferentes experimentaríamos nos próximos dias!
Achei super fofas essas luminárias coloridas que decoravam uma cafeteria. Gosto muito dessa atmosfera criativa e despojada e muitas vezes tenho vontade de conhecer um restaurante só por causa da decoração.
A estação de trem/rodoviária de Auckland (BRITOMART TRANSPORT CENTRE) é bem bonita, arejada, iluminada, organizada e moderníssima… igualzinha às nossas, rsrs!
A Sky Tower é bastante imponente e pode ser avistada de várias partes da cidade.
Se sua altura já impressiona, me impressiona mais a coragem do pessoal que participa do sky walk e do sky jump, duas experiências de aventura oferecidas pela administração da torre. Dá pra ver que tem uma galera lá em cima? Aquelas formiguinhas são pessoas caminhando ao redor da torre vestidas com macacões e equipamentos de segurança.
O sky jump é ainda mais radical: o participante desliza preso a um cabo de aço que tem uma de suas extremidades posicionada a quase 200 metros do solo. A outra fica lá embaixo e o corajoso que pula da torre pode atingir uma velocidade de até 85 km/h. Haja coragem!!!!! E carteira também: a experiência custa 225 dólares por pessoa e dura apenas alguns segundos.
A gente tem o costume de fazer somente duas refeições por dia, seja em casa ou durante viagens. Normalmente tomamos o café da manhã, experimentamos algumas cervejas locais à tarde e jantamos no início da noite. Ou então pulamos o café da manhã e beliscamos algo por volta do meio-dia. Um dos bares interessantes que o Marcelo havia mapeado era o O’CARROLL’S FREE HOUSE e demos uma passadinha por lá para saborear a primeira refeição do dia.
O bar é simples e tem uma atmosfera parecida com a dos pubs ingleses.
Havia várias cervejas on tap (chopp) e muitas outras em garrafas. O Marcelo gosta mais de chopp, mas eu não vejo grandes diferenças e várias vezes prefiro a versão engarrafada. Adorei essa SUPER CONDUCTOR da cervejaria 8 WIRED. Ela tem amargor pronunciado e foi nesse bar que descobri que gosto de “hoppy beers” ou, traduzindo, cervejas com bastante lúpulo. Da mesma marca, havíamos provado a THE BIG SMOKE no Andrew Andrew, uma saborosa porter defumada com aroma de chocolate.
Para acompanhar a bebida, pedi uma deliciosa porção de “prawns Pil Pil”, um petisco tradicional da cozinha espanhola, elaborado com quatro ingredientes básicos: camarão, azeite, alho e pimenta. Alguns meses depois dessa viagem, meu pai elaborou uma versão maravilhosa da receita, que compartilhei NESSE POST.
Casa vitoriana que atualmente abriga uma escola de idiomas
Nosso destino seguinte foi o Albert Park e no caminho passamos por uma série de casas históricas que hoje em dia pertencem a uma escola de idiomas, a LANGUAGES INTERNATIONAL.
Casa vitoriana que atualmente abriga uma escola de idiomas
Cenário outonal no Albert Park
Cenário outonal no Albert Park
A fonte vitoriana e os jardins que a circundam são as atrações mais fotografadas do Albert Park.
Marcelo fotografando a fonte vitoriana do Albert Park
Fachada e vista interna da Auckland Art Gallery
Começou a chover durante o passeio pelo parque e ativamos nosso tradicional plano B: entrar em algum museu ou galeria de arte até o tempo melhorar.
Móbile de espuma decorando o saguão da Auckland Art Gallery
Sendo assim, entramos na AUCKLAND ART GALLERY e fomos extremamente bem recebidos por um dos guias do museu, que chegou até a falar duas palavras em português.
A inspiração para a instalação da foto acima foram os bancos de praças públicas, que nesse contexto ganharam novas e criativas curvas, formando esculturas sinuosas.
O artista neozelandês James Oram se inspirou na linguagem do marketing e suas mensagens persuasivas que incitam o consumidor a aproveitar promoções por tempo limitado para criar a instalação acima. A obra consiste em um grande bloco de granito que reflete os dizeres LIMITED TIME escritos em neon.
A Auckland Art Gallery possui tanto exposições permanentes quanto itinerantes e está aberta diariamente de 10h às 17h.
Olha eu aí concentrada em uma exibição de fotos com efeito 3D feitas por um artista chinês usando imagens de cenas cotidianas.
A chuva deu uma pequena trégua e resolvemos caminhar pelo Domain, outro parque da cidade.
Depois de algum tempo andando, a chuva voltou firme e forte e ativamos pela segunda vez o plano B, entrando no AUCKLAND WAR MEMORIAL MUSEUM.
Fachada do Museu de Auckland
Exposição permanente de arte maori
Já eram quase 17h e o museu fecharia dali a meia hora. Então nos deixaram entrar de graça desde que ficássemos só na parte térrea. O espaço é enorme e nem conseguimos ver tudo o que havia nessa área que visitamos. Mas gostamos bastante do acervo e voltamos ao museu no nosso último dia em Auckland.
O Marcelo fez um relato dia-a-dia da nossa estadia em Auckland para o post dele no site MOCHILEIROS, mas eu preferi concentrar as fotos das nossas duas visitas ao museu nesse trecho.
O térreo abriga uma vasta coleção de arte maori, que inclui desde construções residenciais e cerimoniais originais até canoas, estatuário, vestimentas, ferramentas de caça e pesca, utensílios culinários etc.
A wharenui, ou “meeting house” era o ponto de encontro do clã maori, onde se realizavam cerimônias diversas e reuniões.
Embarcação usada pelo povo maori
O museu é bem grande, completo e interessante. Eu, particularmente, adorei essa exposição sobre Auckland em 1866. Uma minicidade foi construída para mostrar aos visitantes como a metrópole se parecia na época.
Há réplicas de bar, farmácia, charutaria, barbeiro e também de residências com todo o mobiliário e acessórios datados de 1866.
O museu possui uma grande exposição permanente sobre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que inclui documentos, uniformes, relatos de combatentes, armas, munições e até um avião.
Visitamos também uma exibição temporária que foi montada para comemorar os 60 anos da chegada dos primeiros homens ao Everest, o inglês Sir Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay.
A mostra conta a história da expedição, além de oferecer acesso a documentos e imagens raras que fazem parte do acervo do museu.
A gente adora museus de história natural!!!! Por isso passamos um tempão nessa seção do Auckland Museum. Na foto acima, vocês podem ver o Marcelo comparando sua altura com a de um animal pré-histórico que viveu na região.
O kiwi é o pássaro-símbolo da Nova Zelândia, não voa, possui penas parecidas com franjas e um bico bem fino e comprido.
Quem nasce na Nova Zelândia oficialmente é neozelandês, mas ninguém se denomina assim por lá. O termo mais usado é kiwi e não vale só para as pessoas. Tem trem kiwi, ônibus kiwi, camping kiwi, restaurante kiwi, a imagem de um kiwi na moeda de um dólar etc. É uma homenagem a essa estranha e simpática ave que, por não ter predadores, nunca precisou voar e evoluiu sem nenhum vestígio de asas.
Seguindo o site PLANETA SUSTENTÁVEL:
“(…) Então, chegaram os maoris e adotaram as penas de kiwis em seus mantos. Depois vieram os europeus com seus cães, gatos e outros mamíferos carnívoros e caçadores. E as populações de kiwis entraram em franco declínio a ponto das quatro espécies hoje constarem da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A adoção dos kiwis como aves-símbolo transformou sua conservação em questão de honra nacional. E a construção de várias Kiwi Houses cumpre o papel de colocar o público (local e estrangeiro) em contato direto com as aves, divulgar informações sobre as espécies e levantar fundos para pesquisas e medidas de conservação.”
Infelizmente, não visitamos uma kiwi house nem o zoológico local e tivemos que nos contentar em ver o bichinho empalhado no museu.
O Marcelo amou essa exposição permanente sobre vulcões. Logo que a gente entrou, viu uma apresentadora de telejornal fictícia alertando sobre uma possível erupção na baía de Auckland. Atores eram entrevistados e se diziam preocupados com a notícia de uma catástrofe iminente. O curto vídeo mostrava o que aconteceria se um dos vulcões adormecidos entrasse em erupção. O fato é que Auckland foi construída sobre uma área de intensa atividade vulcânica e é possível que isso aconteça a qualquer momento! Entramos em uma sala que simulava esse evento. É realmente desconcertante, mas pra gente que mora no Brasil, foi uma experiência mais interessante do que assustadora.
O museu possui um espaço dedicado ao design e lá pude saber um pouco mais sobre essas cadeiras-ícone e seus famosos criadores.
Outra atração turística imperdível é o Viaduct, uma área portuária repleta de bares e restaurantes. Estivemos lá duas vezes porque na primeira tentativa de visitar o local começou a chover forte. Voltamos outro dia e assim foi possível concluir o passeio.
Essa área nobre da cidade também abriga prédios residenciais e é palco de vários eventos internacionais, como a Louis Vuitton Regattas, o Volvo Round the World Race stopover March 2012, o Auckland International Boatshow e a New Zealand Fashion Week.
A onipresente Sky Tower vista do porto
Atrás de mim na foto acima, vocês podem ver o Viaduct Events Centre, um espaço coberto com 6 mil metros quadrados que abriga exposições, convenções, jantares de gala e eventos como o New Zealand Fashion Week.
Há também um museu marítimo nessa região, o VOYAGER MARITIME MUSEUM. Parece ser interessante para quem gosta do assunto, o que não é o meu caso, rsrs!
Fachada do mercado de peixes
O mercado de peixes que fica na região do Viaduct oferece várias espécies marinhas bem fresquinhas e é tão limpo e organizado que mais parece uma delicatessen!
Além dos peixes em si, encontramos prateleiras cheias de temperos, molhos, condimentos, geleias, biscoitos, torradinhas gourmet e mais uma grande variedade dessas frescurites gastronômicas que eu adoro.
Área que concentra vários restaurantes na região do Viaduct
Passeamos pela área que concentra uma série de restaurantes e bares na região do Viaduct à procura de opções para o jantar. Analisamos os pratos e seus respectivos preços nos cardápios que estavam à mostra na entrada dos estabelecimentos e fizemos uma pré-seleção.
Pub no Viaduct
Navio estrangeiro próximo ao porto de Auckland
À noite jantamos no VIADUCT GRILL, uma simpática steakhouse com ótimo atendimento. O Marcelo pediu um suculento filé coberto com farofa de castanhas e bacon, servido com purê de batatas.
Eu também pedi um filé com molho de vinho tinto e batatas fritas. Hummm, estava tudo delicioso!!!!! Só não gostamos do vinho que pedimos, fraquíssimo e aguado. Na verdade, não tivemos sorte com os vinhos do novo mundo. Sei que existem várias marcas boas por lá, mas essas eram caríssimas. Os rótulos com preços acessíveis não nos agradaram. Uma curiosidade é que tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia, todas as garrafas de vinho tem tampa de rosca. Não vimos nenhuma com rolha, como estamos acostumados no Brasil.
Para a saideira, escolhemos o SKY SPORT GRILL no Viaduct mesmo. Adoramos o bar!!!! O atendimento foi gentilíssimo e informal. O que nos chamou a atenção foi a quantidade de cervejas “on tap”, ou seja, chopp. O bar devia ter mais de 30 torneiras e isso é muito incomum! Para os amantes da bebida, como nós, esse lugar é perfeito!
O atendente nos ofereceu várias provinhas menores antes de pedirmos essa tábua de degustação com 5 tipos de cerveja. A que mais gostei foi a MOA IMPERIAL STOUT, outra stout curiosa, deliciosa e inesquecível que provei na Nova Zelândia! Além das notas de café e mocha, a cerveja tem um quê de licor com um acentuado aroma de especiarias.
Já que estou escrevendo sobre nossas aventuras gastronômicas, resolvi inserir aqui, mesmo fora de ordem, outra ótima experiência em Auckland. Como mencionei no início do post, eu adoro comida tailandesa e lá fomos nós conhecer o THAI CHILLI.
De entrada, pedimos POPIAH TOD, pasteizinhos tailandeses recheados com vermicelli (uma espécie de macarrão bem fininho) e legumes, acompanhado de um molho de pimenta adocicado.
Meu prato principal estava delicioso: GOONG OPE WOON SEN (camarões descascados e fritos servidos com vermicelli, legumes e cogumelos tailandeses). Bom demais!!!!
Close do meu prato
O Marcelo pediu algum prato de curry com cordeiro, mas não lembra qual foi. Ele não é tão fã de comida tailandesa quanto eu, talvez por não gostar de frutos do mar. Como eu adoro, sempre peço algo que tenha camarões ou lulas e até hoje nunca me decepcionei, rs!
No dia seguinte, o sol finalmente apareceu e seguimos para o Domain Park novamente, dessa vez para conhecer o Wintergardens, um complexo em estilo vitoriano erguido em 1920 que abriga duas estufas e um belo pátio interno com lago.
O local é público, a entrada é gratuita e tudo é muito organizado e bem cuidado.
Uma das estufas é aquecida e abriga espécies tropicais. A outra possui temperatura ambiente e as plantas são substituídas de tempos em tempos, de acordo com a estação do ano.
Estufa com plantas locais no Wintergardens
Detalhe de planta local típica de regiões com clima temperado
Circulamos pelas estufas e encontramos tanto árvores e plantas desconhecidas quanto outras brasileiríssimas. Reparem na jaqueira da foto acima!
Lago com Vitória Régia na estufa tropical do Wintergardens
Continuamos nosso passeio pelo parque e o Marcelo propôs que seguíssemos a rota COAST TO COAST, que atravessa Auckland de um lado do mar ao outro. A ideia do Marcelo, que é quem organiza nossos roteiros de viagem, não era percorrê-la integralmente, mas seguir até o One Tree Hill. Esse percurso totalizava um pouco menos de 16 km, que é a extensão da caminhada inteira.
No caminho, encontramos um pessoal treinando Lacrosse em um campo de Rugby, dois esportes incomuns para a gente.
Ágradável área residencial nos arredores do Domain Park
Gostei de seguir por ruas residenciais tranquilas, observar e fotografar as belas fachadas das casas. A maioria têm muros baixinhos e jardins bem cuidados.
Série de casas em ruas residenciais de Auckland
Passamos também por algumas áreas urbanas até chegarmos ao Monte Eden, que fica no topo de uma cratera de vulcão extinto.
A antiga cratera do vulcão
Vista da cidade a partir do Monte Eden
Lá de cima, pudemos ver a cidade e o One Tree Hill do outro lado.
Fonte no Cornwall Park
Seguimos então para o Cornwall Park, passando por mais algumas áreas residenciais. Era domingo e havia um monte de gente assistindo a um jogo de Rugby no parque. Confesso que achei essa parte da caminhada chatinha, longa e sem muitos atrativos. Como não havíamos tomado o café da manhã, a fome começou a apertar. Vimos uma casa de chá no parque (CORNWALL PARK RESTAURANT) e nos sentamos para comer alguma coisa.
Fizemos um lanchinho à moda inglesa: pedimos dois bolinhos com massa super macia, acompanhados de chantilly e geleia de frutas vermelhas. Para beber, chá com leite. Estava tudo gostoso e saciamos a fome!
Bolinhos acompanhados de chantilly e geleia de frutas vermelhas
Árvore imponente na base do One Tree Hill
O One Tree Hill é um pico vulcânico com 182 metros de altura. Atualmente não há nenhuma árvore por lá. A única que havia (como o próprio nome sugere) foi removida no ano 2000, após ser vandalizada pelos maoris sob protesto. O parque foi doado à cidade por Sir John Logan Campbell, que está enterrado no cume ao lado do obelisco.
Vista da cidade a partir do One Tree Hill
Voltamos do One Tree Hill cruzando o mesmo Parque Cornwall.
Registrei algumas curiosidades no caminho como essa lata de lixo imitando um cachorrinho, exclusiva para depositar a sujeira dos bichinhos.
Adorei esse carro decorado com cílios cor de rosa: mais mulherzinha impossível!!!!
No ponto de ônibus, encontramos esse totem curioso: seu visor mostrava os ônibus que estavam a caminho e exibia informações sobre o horário programado de chegada e o horário real/atualizado. A maioria estava um pouco atrasado, mas achei esse recurso bem legal.
Conversamos com uma moradora local que também estava no ponto e havia consultado o horário do ônibus que estava esperando na internet. Antes de sair de casa, ela visitou o site para ver se sua condução passaria mesmo no horário programado. Foi só depois dessa confirmação que ela se dirigiu ao ponto. Prático, né?
Antes de voltarmos ao hotel e pegarmos nossas mochilas para seguir até Rotorua, paramos para um chopp no recomendado (e caro) BREW ON QUAY. Provei uma deliciosa Pale Ale, que parece ser a preferência nacional. Gostei muito do conjunto de latinhas formando o mapa da Nova Zelândia que decorava uma das paredes do bar.
Eu e minha Pale Ale avermelhada
Só tivemos tempo para um único chopp. Pegamos a bagagem no hotel e nos dirigimos ao ponto para esperar o ônibus que nos levou até Rotorua, onde passamos 3 maravilhosos dias! Para ler esse relato, CLIQUE AQUI.
De volta a Auckland 3 dias depois, resolvemos conhecer Devonport, um simpático e tranquilo bairro residencial da cidade. Antes de pegar a barca para chegar até lá, registrei esse interessante estacionamento vertical para bicicletas.
Na chegada a Devonport, começou a chover. Foi o começo de um dia estranho: chovia, abria um solzão, nublava, chovia novamente antes do sol ressurgir etc.
Saindo da barca, fizemos um passeio pela orla em direção a North Head. Era bem cedo, a cidade ainda estava acordando e não havia praticamente nenhuma loja aberta. Gosto muito da tranquilidade e do silêncio dessa hora da manhã. Não é a toa que eu acordo todos os dias entre 4h e 5h por livre e espontânea vontade, rs!
Vimos muitas casas bonitas de estilo vitoriano pelo caminho. Parece ser um bairro bem agradável para morar porque tem um clima de cidade pequena mas fica pertinho do agito noturno de Auckland.
Belas residências em Devonport
Na subida para North Head, um simpático morador local que andava com seu cachorro puxou conversa e nos deu várias dicas sobre o que ver lá em cima, falou do cachorro, perguntou sobre o Brasil, a Dilma, a Copa... enfim, mais um kiwi super gentil!!!!!
Vista do topo do North Head
North Head é uma antiga fortaleza e possui vários túneis por onde podemos entrar e passear. O Marcelo adora explorar cada pedacinho dos fortes que visitamos, mas eu prefiro contemplar as paisagens dos arredores, que geralmente são lindas por causa da localização privilegiada próxima ao mar.
Vista da baía de Auckland a partir do North Head
Vista da baía de Auckland a partir do North Head
O tempo inconstante trouxe um arco-íris já quase no final da nossa visita a Devonport.
Aproveitamos para conhecer o Museu Naval, que tinha entrada gratuita. O espaço é pequeno, então passamos pouco tempo por lá antes de pegarmos a barca de volta.
No final da tarde, decidimos subir a Sky Tower para ver o pôr do sol lá de cima e apreciar belas vistas de Auckland com luz natural e também com iluminação noturna.
A torre possui decks de observação em três níveis diferentes, mas todos eles oferecem uma visão de 360 graus da cidade.
Foi muito legal identificar lá de cima os lugares por onde circulamos durante o dia!
Vista de Auckland a partir da Sky Tower
Em alguns pontos dos decks de observação, há pisos de vidro. Gostei da sensação de estar em pé sobre o vazio!!!!
A cidade lá embaixo
Vista da baía de Auckland a partir do deck de observação
Por uma brecha no deck, vimos alguns visitantes devidamente vestidos com macacões e equipamentos de segurança que se aventuravam no sky walk, uma caminhada ao redor da torre a 192 metros de altura. Deu um friozinho na espinha? Mais assustador do que isso é o sky jump, conforme vocês podem conferir no filme que fiz lá em cima:
Perto da hora do sol se pôr, descemos para o bar Sky Lounge a 183 metros de altura. O elevador também tinha piso de vidro!
O bar é o único restaurante giratório da Nova Zelândia e em 1 hora ele dá a volta completa em torno de seu eixo. Nós pensamos que o lugar estaria lotado, mas para nossa surpresa, não havia quase ninguém. Pedimos algumas cervejas e ficamos algum tempo por lá apreciando a vista.
O arco-íris apareceu novamente antes do pôr do sol!
O pôr do sol
A cidade iluminada à noite
Esse foi nosso último dia na Nova Zelândia. Eu estava triste porque sabia que as férias estavam acabando… teríamos mais um dia em Sydney, na Austrália, e depois uma longa jornada de volta ao Brasil.
Jantamos em um pub, onde descobrimos que uma brasileira atendia algumas mesas. A Amanda era curitibana e morava na Nova Zelândia há um ano. Ela não queria ir embora, mas seu visto estava expirando e ela planejava terminar a faculdade de Direito no Brasil e depois retornar a esse país que a acolheu tão calorosamente. Muito simpática, ela nos confirmou que os kiwis são realmente super atenciosos e estão sempre de bem com a vida. Como escreveu o Marcelo no final de seu relato:
“Se eu tivesse que destacar um único aspecto nessa viagem à Nova Zelândia, eu diria que são as pessoas. Acho que foi o povo mais de bem com a vida, feliz, prestativo e simpático que eu já tive contato na vida.”
Assino embaixo! Essa viagem abriu meus horizontes e eu, que sempre sonhei em ter a oportunidade de morar na Europa algum dia, mudei de ideia. Se eu pudesse escolher, hoje meu destino seria a Austrália ou a Nova Zelândia. Além da gentileza e espontaneidade do povo, da qualidade de vida, das boas oportunidades de trabalho e dos salários dignos, a proximidade da Ásia me fascina! Infelizmente, nossas férias não foram longas o suficiente para conhecer a Ilha Sul da Nova Zelândia, considerada a região mais bonita do país… Fica para uma próxima vez (tomara)!!!
Assim termina o resumão das nossas férias mais recentes, mas eu gostaria muito de fazer um relato mais completo sobre Sydney e Cairns, na Austrália. Quando o tempo permitir, pretendo colocar esse projeto em prática.
Um grande beijo pra todos com votos de muitas férias inesquecíveis durante a vida!
19 comentários:
Caramba amiga! Perdi o folego com tanta imagem linda!
Não consegui chegar até o fm do post....tenho que ir trabalhar...mas na volta vou ver tudo com mais carinho.
Espetáculo de viagem,heim,cheia de estilo,design e sabores!!
Beijos
Morro de vontade de conhecer a Nova Zelândia... agora fiquei com mais vontade ainda!!
Beijinhos...
Fico imaginando suas lembrancas, sua cabeça nao deve parar nunca. É tanta viagem, tanta foto linda, tantas descobertas!!
Você deve ter assunto para qualquer roda de amigos. Seus sobrinhos irão amar!!!
:Dri
@Flávia MergulhãoFlavinha, essa viagem realmente foi deliciosa! Vi muitas novidades, aprendi bastante sobre uma cultura que me era quase totalmente desconhecida, provei muitos sabores diferentes e vi paisagens de tirar o fôlego. Resumindo... a Nova Zelândia é o máximo!!!!
@Francine TribesFrancine, dou a maior força porque eu também sonhava com essa viagem há muuuuitos anos! O bom é ficar direto de olho nas promoções de passagens aéreas. Foi assim que conseguimos encontrar um valor compatível com o nosso orçamento. Um super beijo!
@Adriane PinhateQue delícia de comentário, Adriane!!!!! Eu acho mesmo que as viagens que eu fiz ajudaram bastante a formar meu caráter e personalidade. A gente aprende muito viajando e guarda esses conhecimentos para a vida toda! Sou tão simples com minhas coisas que até hoje não comprei uma TV de tela plana pra sala, não tenho NET HD, não tenho um bom aparelho de som, meu celular foi grátis, não tenho IPAD, não tenho nem gosto de roupas de grife, não faço as unhas etc., mas não abro mão de conhecer outros lugares e culturas nas férias. Isso pra mim tem um valor muito maior do que qualquer bem material! E haja história pra contar aos sobrinhos, rsrsrs! Um grande beijo!
Katia, a cada dia me surpreendo mais com os seus relatos de viagem! Sensacional! Lindo d+! Parabéns!
@CamilaQue bom que gostou, Camila! Eu estava doida pra poder ter algumas horas livres e finalizar os relatos das últimas férias... se eu deixar passar muito tempo, acabo não fazendo e depois fico frustrada porque esqueço muita coisa, rsrs! Infelizmente não consegui terminar os relatos das férias de novembro na Colômbia, mas aos poucos vou tentar escrever mais sobre Bogotá e Medellin. Um grande beijo!
TO SEM AR ... SEM PALAVRAS ... UAUUUU ... KKK
Bjs.
Kelly Nomura
Que lindo esse post, Katinha!!! Adoro ver as fotos fantásticas e o relato cheio de detalhes! Muito bom! deu vontade de conhecer! Beijocas!
Que maravilha de viajem...Uma imagem mais linda do que a outra. Fantástico!!!
@Kelly NomuraAs paisagens são lindas, né? E essa nem é considerada a parte mais bonita do país, Kelly! Super beijo!
@Simone ScharammMuito obrigada, querida!!!! Fiz esse relato morrendo de saudades da viagem com uma vontade enorme de voltar algum dia! Beijão!
@BilaCaldasOi, Bia! Foi um sonho realizado conhecer a Austrália e a Nova Zelândia... e não me decepcionei, foi uma viagem maravilhosa mesmo! Beijos!
Oi, Bonfa, tudo bem? Adoro o seu blog! Leio sempre! Em outubro vou para Cartagena com meu namorado e já anotamos todas as dicas (vamos ficar no hotel que você indicou). Bonfa, a associação Cãoviver está participando de uma promoção, e pode ganhar 1 tonelada de ração. É só votar na Pedrita, a cachorrinha escolhida para representar o abrigo. Ela era usada como isca em uma rinha de pit bulls... Para ajudar tem que votar no link abaixo (se vc puder divulgar):
http://meuamigoeomaximo2.maxtotalalimentos.com.br/participante/associacao-cao-viver-em-defesa-dos-animais/
@Delicioso EquilíbrioOi, querida! Que comentário delicioso, muito obrigada! Eu amei Cartagena, tomara que vocês tenham a memsa impressão do que eu! É uma passeio super romântico! Vou lá votar, pode contar comigo! Tadinha da Pedrita! Um super beijo e vou torcer para o Cãoviver ganhar a promoção!
Lindas imagens Katinha! Quantos momentos inesquecíveis. Curti demais as fotos das casas. Acho esse estilo de arquitetura um charme. Amei o móbile da Art Gallery - alegre, colorido e convidativo. Beijos, Paula
@Executiva de PanelaQue legal, Paula! Eu também adoro esse tipo de arquitetura! As casas são grandes e confortáveis sem serem ostensivas. Gosto muito desse estilo! Um super beijo pra você!!!!
delicia de viagem!
adorei saber que tem cerveja que lembra o gosto de chocolate! no mais, que bom saber que tem um lugar tão gostoso de se estar, pela simpatia dos nativos...
abraços!
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