Desafio: um grande combustível!

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Quando trabalhamos com artigos personalizados para festas, boa parte da nossa criatividade é direcionada para a arte que vamos criar para as peças, ou seja, para o “desenho” que vai estampar caixas, tags, toppers etc. Há clientes que querem itens mais comuns ou tradicionais, outros aceitam sugestões de modelos diferentes de embalagens, e há clientes como a Autoria Eventos.

Nos conhecemos em janeiro, quando ela se inscreveu para participar da 7ª edição do Portfolio Day, evento que já foi tema de uma postagem minha aqui no blog. De cara, Andréa me apresenta dois temas que me tiraram da minha zona de conforto. Para A fantástica fábrica de chocolate tive que fazer uma releitura do logo e das embalagens, além de fazer o famoso Golden Ticket. Foram horas usando dois programas gráficos para chegar no resultado desejado. Já para a mesa cuja decoração era inspirada no Pacific Park ela me pediu carrinhos de algodão doce vintage. Não havia foto de referência, não havia molde pronto para comprar. Havia um pedido, ou melhor, um desafio. E havia o meu prazer em pensar, desenhar, calcular, testar, modificar, adaptar e entregar a peça que meu cliente quer.

Golden ticket e carrinho de algodão doce feitos para o 7º Portfolio Day

Passada a loucura que foi fazer a papelaria para o Portfolio Day 7, eis que Andrea me surge com outro pedido “simples”: a caixa que aparece no desenho Miraculous. Aposto que se você não conhece essa animação, deve estar imaginando uma caixa normal, quadrada ou retangular, simples, talvez com alguma estampa diferente. Não. Claro que não.

Para começar, a tal caixa tem oito lados. No desenho, a tampa se levanta e dentro há os tais miraculous (não vou explicar a história aqui para não me alongar). Só que eu precisava fazer uma caixa que fosse funcional, ou seja, que pudesse ser usada para colocar uma lembrança. Resumindo, a caixa tinha que:

1) ter 8 lados;

2) ter espaço para lembrancinha;

3) ter uma aba para ser levantada;

4) conter os miraculous.

No modelo de caixa octogonal que eu dispunha a lateral da tampa era inteira, ou melhor, em uma tira única. Para um melhor aproveitamento do papel, e até para facilitar a montagem, precisava que o molde fosse um pouco diferente. Modifiquei o desenho original segundo as minhas necessidades. Também desenhei a aba e determinei como seria o fechamento, calculando o tamanho da lingueta e onde deveria ter o encaixe. A estrutura estava resolvida, mas faltavam os elementos principais.

Revirei o Google do início ao fim. Nada. Sabendo da minha necessidade, a Rosiléia Artes desenhou um kit! Faltava só a parte de cima, que precisei redesenhar. Nas laterais da caixa, círculos dourados fizeram as vezes das moedas chinesas. E assim, mais uma vez, venci o desafio lançado pela Andréa.

O desenho original da tampa e o modificado; as artes da tampa e dos miraculous

As caixinhas na mesa da festa

Hoje pela manhã, enquanto pesquisava referências para as novas encomendas dela (que, claro, incluem peças fora do comum), chegou mensagem no WhatsApp. Era dela. Com mais um pedido diferente, que não tem arquivo pronto. Mais um desafio, mais combustível para seguir adiante procurando fazer um trabalho diferenciando, imprimindo a minha marca e mostrando que a papelaria criativa pode ser surpreendente. E lá vou eu desenhar mais uma vez, para entregar uma peça única, do jeito que o cliente quer.

Patricia Haddad

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