Atrasei um pouco a publicação desse post porque, ao mesmo tempo em que adoro escrever relatos de viagem, o meu tempo atualmente está curto demais para que eu possa me dedicar como gostaria. Então fico num dilema: faço um “resumão compacto” e não se fala mais nisso ou deixo para escrever sobre cada cidade detalhadamente mais tarde, o que provavelmente nunca vai acontecer, já que estou devendo inúmeros relatos. Sendo assim, pra garantir que essa viagem (uma das melhores da vida!!!) não passe em branco por aqui, resolvi selecionar algumas fotos que representam os “highlights” das nossas aventuras na Tailândia, no Camboja e no Laos e dividir o post em duas partes. Para quem quiser ver mais detalhes e dicas sobre o nosso roteiro, as atrações que visitamos, as comidinhas que experimentamos e outras curiosidades, basta acessar as hashtags #viagensdabonfa, #viagensdabonfatailandia, #viagensdabonfacamboja e #viagensdabonfalaos no Instagram. Sou bastante assídua por lá e sempre registro as minhas peripécias em tempo real (ou quase)!
Ah, pessoal, não esqueci do sorteio dos presentinhos que trouxe de viagem não, hein? Vou organizar um post com as fotos das comprinhas e em breve revelo o nome do sorteado(a)!
BANGKOK – TAILÂNDIA
Bangkok é uma cidade frenética e agitadíssima, mas bem menos caótica do que Delhi, na Índia, o que me surpreendeu e não confirmou a expectativa que eu tinha. Os tailandeses são muito mais acostumados com os turistas estrangeiros do que os indianos e, dessa forma, nós chamávamos pouca atenção. Eu só precisava dizer “não” uma única vez quando alguém vinha me oferecer um produto ou serviço no qual eu não estava interessada. Na Índia, eu dizia “não” vinte vezes e o vendedor ainda me perseguia por dois quarteirões – não é exagero, era assim mesmo! O trânsito é mais tranquilo, não há a mesma sinfonia de buzinas de Delhi, mas atravessar a rua pode ser meio tenso, já que quase não existem sinais para o pedestre. Dos golpes que eu temia, não sofremos nenhum. A maioria dos taxis que pegamos usava taxímetro e somente dois motoristas tentaram negociar preços fechados. Evitamos os tuk-tuks, conforme nos foi recomendado e, no fim das contas, foi uma viagem bastante agradável e relaxante, sem sustos ou inconvenientes. Voltei apaixonada pelo país!!!!
A Tailândia encabeçava a minha lista de desejos há mais de 20 anos e eu sempre sonhei com o dia em que finalmente conheceria o meu destino dos sonhos. Assim como os outros três países (Turquia, Austrália e Nova Zelândia) que faziam parte dessa lista elaborada quando trabalhei numa organização de intercâmbio em 1995, não me decepcionei! Pelo contrário, foi uma das viagens mais especiais da minha vida!
Na sequência acima, vocês podem ver as imagens do imponente Grande Palácio Real, um conjunto de edifícios que serviu como residência oficial do rei da Tailândia entre os séculos XVIII e XX. A construção do complexo palaciano teve início em 1782 e as atrações principais são o templo Wat Phra Kaew, que contém o Buda de Esmeralda, e o edificio de estilo renascentista que vocês podem ver na última foto. O que mais me impressionou foram os mosaicos espelhados que cobriam toda a área externa do templo, as incrustrações de madre pérola formando desenhos complexos em suas portas e os detalhes minunciosos das pinturas e esculturas espalhadas pela área do palácio. Isso sem falar da grandiosidade do conjunto e da profusão de cores. Tudo é superlativo e espetacular!
O Wat Pho, também conhecido como Templo do Buda Reclinado, é uma das atrações mais visitadas de Bangkok e abriga uma famosa estátua dourada que tem impressionantes 43 metros. A título de comparação, só pra vocês terem uma ideia, o Cristo Redentor tem somente 30 metros de altura. A imagem nessa posição simboliza o último momento de iluminação de Buda pouco antes de sua morte. Conforme eu havia lido em outros relatos, é difícil encontrar um ângulo que passe uma ideia clara do tamanho da figura. Mas eu tentei e essa foto foi o melhor que consegui, rs! O complexo de templos budistas Wat Pho também abriga um monastério e uma escola de massagem tailandesa tradicional.
A monarquia tailandesa tem pouco poder direto sobre a constituição, mas é um símbolo da identidade e da unidade nacional. O Rei Bhumibol, que está no trono desde 1946, possui um enorme respeito do povo e é admirado pela postura que assumiu em momentos de crises e conflitos que ameaçaram o país. Ele é o monarca com o mais longo reinado do mundo. Vimos muitos monumentos feitos em homenagem à família real espalhados por todas as cidades tailandesas que visitamos. Na foto acima, vocês podem ver a imagem da Rainha Sirikit, que atualmente tem 83 anos. Em todas as fotos que vimos, os reis apareciam mais jovens.
As imagens acima são de detalhes de um templo budista chinês na Chinatown de Bangkok, uma das principais do mundo.
O bairro foi o mais confuso que visitei na cidade, tinha muita gente, muitos carros, muitas lojas, muitas barraquinhas de comidas estranhas, muitos produtos falsificados etc. Mas vale a pena visitar para conhecer pelo menos um templo. O estilo é diferente dos tailandeses, bem interessante.
O Wat Traimit é um templo localizado perto de Chinatown que abriga o maior buda de ouro maciço do mundo, com 5,5 toneladas e 3 metros de altura. Visitamos vários outros templos em Bangkok, mas como eu prometi que esse post seria um “resumão compacto”, preciso me conter e me ater aos “highlights”, conforme mencionei anteriormente.
Passávamos quase todas as noites circulando pela Khaosan Road, o espaço mais louco e divertido de Bangkok. Ou então, caminhávamos em direção ao nosso hotel e escolhíamos um restaurante na Rambuttri Road, um pouco mais tranquila e aconchegante do que a rua mais famosa da cidade. Entretanto, a foto acima foi tirada no Sirocco, o restaurante do chiquérrimo hotel Lebua, que fica no 63º andar do segundo edifício mais alto de Bangkok. Pegamos um taxi e fomos conferir a atração que ficou famosa por ter sido cenário do filme "Se beber não case 2”. Pedimos um drink caríssimo (não havia outra opção!) e fomos para o bar curtir a vista espetacular.
AYUTTHAYA – TAILÂNDIA
Em Bangkok, contratamos um tour “bate-volta” para nos levar a Ayutthaya, primeira capital do Reino do Sião (antigo nome da Tailândia), que foi fundada em 1351 e assim se manteve até a intervenção da Birmânia (antigo nome de Myanmar) em 1767. Por essa época, estima-se que Ayutthaya era a cidade mais populosa do mundo com um milhão de habitantes e estava sempre recebendo muitos comerciantes estrangeiros em vista de sua localização estratégica entre China, Índia e Malásia. Os visitantes se impressionavam com a grandiosidade e beleza do lugar, que desde 1981 é Patrimônio Mundial da UNESCO. O parque histórico concentra uma impressionante quantidade de templos, monastérios, museus, estupas, torres, colunas e esculturas gigantes de Buda.
Imagem de Buda no templo Wat Yay Chaimongkhon
A cabeça de Buda envolvida pelos galhos de uma árvore centenária é uma das imagens mais fotografadas da Tailândia. A atração faz parte das ruínas do templo Wat Mahathat.
O Wat Phra Sri Sanphet é o templo mais importante de Ayutthaya e foi construído em 1448.
A estupa gigantesca do Wat Phu Khao Thong
O Buda deitado de Ayutthaya, famoso cenário do game “Street Fighter”
SIEM REAP – CAMBOJA
Siem Reap é uma cidade pequena e charmosa que recebe uma grande quantidade de turistas do mundo inteiro interessados em ver de perto os famosos templos de Angkor, antiga capital do império Khmer e Patrimônio Mundial da UNESCO. Os templos foram construídos entre os séculos IX e XVI e inicialmente eram dedicados aos deuses hindus. São todos ricos em detalhes e feitos com pedras, o que era exclusividade dos deuses, já que na cidade as construções eram todas de madeira. O complexo de templos é a maior construção religiosa do mundo e também um importantíssimo sítio arqueológico que ficou escondido na selva durante centenas de anos até ser redescoberto em 1860.
Angkor Wat, o mais famoso templo do complexo, tem sua imagem estampada na bandeira do Camboja.
Detalhe de escultura no interior de um templo
Outro templo muito famoso e o meu preferido é o Bayon, que possui 54 torres com quatro faces cada uma, num total de 216 rostos sorridentes. Alguns acreditam que representam Buda e outros afirmam que representam o rei que mandou construir o templo. De qualquer forma, qualquer que seja a teoria correta, a construção é impressionante e parece saída de um filme do Indiana Jones. Quando era adolescente, eu queria ser a versão feminina do personagem e achava que todo arqueólogo tinha aquela vida de aventuras e descobertas impressionantes em lugares exóticos e distantes. Eu me senti o próprio Indiana Jones nesse lugar, foi emocionante!
Detalhe de uma das portas do templo Banteay Srei
Templo Pre Rup
Portal de entrada para os templos de Angkor
Como os templos passaram muito tempo escondidos no meio da floresta, muitos deles foram e continuam sendo engolidos pelas raízes gigantescas de árvores centenárias.
Angelina Jolie esteve aqui no templo Ta Prom, onde “Tomb Raider” foi filmado. Além de ser lindo e cheio de detalhes, o diferencial desse templo é que boa parte dele foi "esmagado" pelas árvores. O efeito é bem interessante e chega a ser perturbador porque dá uma impressão de movimento, as raízes parecem vivas como num filme de terror!!!
Minha amiguinha cambojana
LUANG PRABANG – LAOS
A pequena Luang Prabang foi uma surpresa maravilhosa! Eu não sabia quase nada sobre a cidade quando pisei lá, mas me encantei já na primeira noite. A localidade tem somente 22 mil habitantes e é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO. Localizada numa península entre o rio Mekong e o rio Nam Khan, no norte do Laos, Luang Prabang é tranquila, aconchegante e encantadora.
Suas ruas são serenas e os hotéis mais badalados, como o da foto acima, possuem arquitetura com traços coloniais franceses e oferecem quartos com vista para o rio Nam Khan.
Alguns restaurantes colocam mesas e cadeiras do outro lado da rua, em frente ao rio, como opção para os clientes. Uma delícia! Aliás, foi no restaurante Tamarind que fizemos a melhor refeição de toda a viagem.
Durante a época chuvosa, o nível das águas do Nam Khan sobe muito e acaba destruindo as pontes de bambu utilizadas pelos moradores para cruzar o rio. Dessa forma, eles ficam dependentes dos barcos até que chegue a época seca, quando então se unem para reconstruir a ponte, uma iniciativa coletiva que se repete anualmente.
A cidade possui muitos templos concentrados num espaço razoavelmente pequeno e isso possibilita que o visitante conheça as principais atrações à pé.
Detalhes do complexo de templos Wat Xieng Thong
Haw Pha Bang ou Templo Real, monumento que integra o complexo do Museu do Palácio Real de Luang Prabang
Templo Wat Hosian Voravihane
Monges meditando num dos templos de Luang Prabang
Na rua Sisavangvong, todas as manhãs, a partir das 5:30, fiéis vão às ruas para doar alimentos aos monges e noviços budistas que caminham em fila após terminarem de meditar. Essa cerimônia é conhecida como “Ronda das Almas”. Para os budistas, oferecer a refeição aos monges é uma forma de acumular méritos e para os monges é uma maneira de exercitar a humildade.
“Coma, beba e relaxe”: este é o lema do delicioso restaurante/bar Utopia, situado numa região privilegiada às margens do rio Nam Khan. Espreguiçadeiras, pufes e mesinhas baixas de madeira estão espalhados por toda a área externa do estabelecimento, que também conta com uma quadra de vôlei de praia e um espaço para meditação e aulas de ioga.
O único passeio que fizemos fora da cidade foi para o maravilhoso conjunto de cachoeiras de Kuang Si, que fica a 32 km de distância. Fechamos o traslado na própria pousada e fomos até lá numa van compartilhada. O Parque de Kuang Si oferece uma boa estrutura com banheiros, mesas para piquenique e restaurante. A água tem um tom que varia entre o verde e o azul clarinho, dependendo da incidência do sol. Somente algumas áreas são liberadas para banho e ficam bem cheias, principalmente na parte da tarde.
CHIANG MAI – TAILÂNDIA
É impossível conhecer todos os 300 templos de Chiang Mai em poucos dias e por isso tivemos que fazer uma seleção baseada em recomendações de guias de viagem e relatos de blogueiros. Atualmente, a cidade é um dos principais destinos turísticos da Tailândia e no passado ostentava o título de capital espiritual e econômica do país.
O Wat Phra That Doi Suthep é considerado um dos templos mais belos do país, construído no alto de uma montanha. A quantidade de ornamentos dourados é impressionante, assim como a escadaria adornada por uma serpente gigante, cujo corpo cobre toda a sua extensão.
Escadaria do templo Wat Phra That Doi Suthep
Eu e Marcelo apostamos se esse monge no Templo Wat Phra Singh era de verdade ou uma estátua. Ele achou que era real, mas o cara não se mexia! No fim das contas, descobrimos que se tratava de uma imagem de fibra de vidro representando um importante monge já falecido. Mas era tão realista que dava nervoso! Só tivemos certeza quando chegamos pertinho. Melhor que os bonecos de cera do Madame Tussauds!
Cerimônia dos monges em Wat Chedi Luang
Ruína de estupa datada de 1441 no Wat Chedi Luang
Templo Wat Khuan Khama
Conhecemos todos os templos que listamos para ver em Chiang Mai e alguns outros que encontramos aleatoriamente pelo caminho, mas esse número não chegou nem perto dos 300, claro! O curioso é que alguns desses templos não apareciam em nenhuma lista e eram lindíssimos! Isso quer dizer que ainda tem muita coisa pra conhecer nessa cidade que achei charmosíssima e onde eu moraria por alguns meses numa boa…
Por hoje é só tudo isso, pessoal!!! No próximo post sobre essa viagem vou mostrar um pouquinho do que conhecemos em Chiang Rai, Sukhotai, Railay Beach e Ko Phi Phi. Para terminar o relato, deixo com vocês algumas sequências de fotos do Instagram e suas respectivas hashtags.
#viagensdabonfatailandia: Bangkok e Ayutthaya
#viagensdabonfatailandia: Bangkok
#viagensdabonfacamboja: Siem Reap
#viagensdabonfacamboja: Siem Reap
#viagensdabonfalaos: Luang Prabang
#viagensdabonfalaos: Luang Prabang
#viagensdabonfatailandia: Chiang Mai
#viagensdabonfatailandia: Chiang Rai
#viagensdabonfatailandia: Sukhotai
#viagensdabonfatailandia: Railey Beach
#viagensdabonfatailandia: Ko Phi Phi, Maya Bay e Pileh Lagoon
#viagensdabonfatailandia: de volta a Bangkok
Um grande beijo pra todos com votos de um final de semana super especial!!!!
6 comentários:
Katinha, que fotos maravilhosas, lindíssimas! Viajei com você através do seu Facebook e agora aqui. Amei as explicações. Você passou para mim uma imagem muito diferente da que eu tinha desta região. O conjunto de cachoeiras de Kuang Si é espetacular! Dá vontade de mergulhar naquelas águas azuis. Que postagem sensacional! Beijos!
@Executiva de PanelaOi, Paula! Muito obrigada! Que bom que gostou! É tão legal quando a gente se surpreende, né? Do Laos eu não esperava muita coisa porque é um país muito desconhecido aqui no Brasil. Mas fiquei apaixonada,achei a cidade de Luang Prabang deliciosa! Já a Tailândia eu achava que era exatamente assim e eram esses templos que me encantavam desde que eu tinha vinte e poucos anos... demorou, mas meu sonho se tornou realidade! Um super beijo!
Que espectáculo de post! Sem palavras com tanta beleza. Preciso voltar aqui várias vezes.As fotos ficaram lindas Katia, vocês estão lindos seus fofos, beijinhos
@Patricia MerellaVocê é que é uma fofa, patricia!!!! Obrigadíssima pelo carinho e elogios! Essa viagem foi realmente muito especial! Beijão!
Bonfa, muito obrigada pelo relato! Só gostaria de saber sobre a locomoção: vcs foram de avião entre as cidades? Compraram tudo atrelado ou separadamente?
: *
@Elizabeth duarte alveOi, Elizabeth! Que bom que gostou do relato! O meu estilo é escrever sobre as minhas impressões dos lugares por onde passamos, a parte logística fica por conta do marido, rs! Ele também escreve relatos de viagem e vou deixar aqui o link para o post dele sobre essas férias: http://www.mochileiros.com/tailandia-camboja-e-laos-3-semanas-t128201.html
Beijão e seja sempre muito bem-vinda!
Postar um comentário