quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pensar rápido ou devagar? Como melhorar a qualidade de nossas decisões para a construção de um mundo melhor

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Foto: Shutterstock

Todo final de ano meu pai elabora um texto no qual reflete sobre os 365 dias que se passaram e a influência que os acontecimentos recentes tiveram em sua forma de pensar e ver o mundo. Sou filha coruja assumidíssima, mas a verdade é que meu pai é um dos homens mais inteligentes e cultos que conheço e criou suas três filhas enfatizando a importância dos estudos, da educação e do pensamento crítico. Eu o agradeço muito por isso! Recebemos dos meus pais lições de vida que não tem preço. Sabemos que o que conta mesmo é a forma como agimos na prática, é a maneira como tratamos nossos semelhantes no dia a dia. É assim que revelamos quem somos.

Hoje tenho o prazer de recebê-lo novamente nesse cantinho para compartilhar com vocês o texto que ele enviou aos amigos e familiares no fim de 2012.

Seja bem-vindo mais uma vez, “Beto”!

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Caros amigos,

Aproxima-se o fim do calendário Maia, que alguns místicos entenderam que seria uma previsão de fim do mundo, mas que na verdade é simplesmente o fim do ciclo de longo prazo do calendário que foi concebido pelos Maias para poderem fazer previsões sobre os ciclos da natureza ajudando-os principalmente nas atividades agrícolas e religiosas.

Ao mesmo tempo chegamos a mais um fim de ano no nosso calendário que, ao contrário dos Maias, preferimos não ter um ciclo de longo prazo, onde a contagem volta ao zero. Esses momentos são propícios a reflexões e por isso na minha mensagem de Natal para os colegas e amigos mais íntimos, eu tomo a liberdade de impor um tempo maior de leitura para compartilhar algumas de minhas reflexões de fim de ano, fruto do que consegui de aprendizado em mais esse ano de caminhada.

Continuei nesse ano minhas leituras buscando um maior entendimento do funcionamento de nossa mente, procurando entender o porquê de algumas tomadas de decisão individuais ou coletivas se revelarem tão afastadas do que seria o mais racional, ou seja, o que logicamente seria o que traria mais benefícios tanto para o indivíduo como para um grupo de indivíduos.

Nesse sentido, li o segundo livro do Dan Ariely, o livro mais pesado do Antonio Damásio e finalizei com a leitura do livro do prêmio Nobel de economia Daniel Kahneman “Rápido e Devagar – duas formas de pensar”.

O que achei mais interessante nesse último que recomendo a todos é que de uma forma fácil de entender, ele sintetiza tudo o que os outros autores mostraram sobre o comportamento de nossa mente combinando os aspectos fisiológicos com os psicológicos, dividindo didaticamente o funcionamento de nossa mente nessas duas formas de pensar, uma rápida e intuitiva e outra lenta e racional.

O bom disso é que nos facilita o entendimento de algumas decisões humanas que impactam sobremaneira outras pessoas e que por uma análise racional nos parece tão injusta. Um exemplo forte disso é como entender a injustiça das turbas enfurecidas em Jerusalém que bradavam pedindo a crucificação de Jesus, que em sua passagem pela terra só pregara o bem a justiça e igualdade entre os homens.

Esse entendimento nos ajuda em determinadas situações a suportar melhor eventuais injustiças que entendemos estar nos afetando, livrando-nos de uma possível depressão mais ou menos na linha do que Jesus na Cruz disse com relação a seus algozes: “Pai perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem”.

Uma das assertivas que encontrei no livro do Antônio Damásio, um médico estudioso da fisiologia do cérebro buscando entender o processo cognitivo e a definição do “EU”, é que o cérebro humano é uma máquina que busca sempre o mínimo consumo de energia para a realização de determinada tarefa, isso é o que torna tão forte a conhecida lei do menor esforço, que alguns acabam chamando de preguiça.

Com base nessa premissa torna-se mais fácil entender o porquê dos dois mecanismos de pensar apresentados com farta evidência experimental por Kahneman em seu livro.

Se para todas as tomadas de decisão nosso cérebro precisasse usar o modo devagar, mais racional e lógico, a energia gasta seria incomensuravelmente maior, pois muito mais sinapses precisariam ser utilizadas e mais neurônios precisariam ser ativados para buscar todas as informações necessárias para aquela tomada de decisão, e também muito mais tempo seria necessário para a tomada de decisão, prejudicando sobremaneira sua eficácia.

Por isso o HOMO SAPIENS em sua evolução criou um mecanismo mais eficiente de tomada de decisão a partir do aprendizado contínuo. É assim que um motorista experiente toma decisões ultrarrápidas para evitar uma colisão quando sua visão periférica percebe a aproximação perigosa de outro veículo, ou um piloto de caça supersônico foge de um míssil. Em nenhuma dessas tomadas de decisão o modo lento racional foi acionado, o modo rápido intuitivo é sempre muito mais eficaz para essas decisões.

O problema surge quando devido ao seu menor consumo energético, nossa mente prefere sempre esse modo rápido e intuitivo para as tomadas de decisão. Mesmo decisões onde o aprendizado repetitivo, que molda algoritmos decisórios baseados em experiências anteriores e muitas vezes em preconceitos na sua acepção (Conceitos Prévios), nos leva a tomada de decisões emocionais e as vezes completamente irracionais, que virão a causar malefícios para terceiros e muitas vezes para nós mesmos.

O efeito manada que motiva investidores no mercado financeiro a massivamente vender ativos na baixa e comprar também massivamente na alta, provocando perdas bilionárias é um exemplo de tomada de decisão coletiva baseada em PRÉ-CONCEITOS gravados geneticamente na nossa mente desde nossos ancestrais que viviam em cavernas, o MEDO da perda e a EUFORIA do prazer de ganhar. Esses elementos emocionais estão gravados em áreas diferentes do cérebro, e por isso os pesquisadores do pensamento cognitivo puderam observar através de equipamentos de ressonância magnética nuclear quais as áreas do cérebro foram acionadas quando esses elementos emocionais de “medo” e “euforia” foram importantes na tomada de uma decisão completamente irracional.

Desejo portanto a todos vocês, um natal pleno de alegria e felicidade junto aos seus e um ano novo cheio de realizações e tomadas de decisão que tragam mais felicidade, paz e harmonia para vocês e os que os cercam.

Procurem ficar atentos em suas decisões de quaisquer naturezas para verificar se estão usando o mecanismo correto em cada caso. Será que preconceitos culturais, religiosos e de experiências anteriores em situações apenas similares não estão levando-os a um processo decisório que no final farão a vocês e a outros mais infelizes, sem atingir a eficácia pretendida?

Com melhor qualidade no nosso processo de tomada de decisão, certamente estaremos construindo um mundo melhor.

Públio Roberto Bonfadini

………………………………………………………………………………….

Adorei esse resumão de três livros escritos por autores renomados em suas áreas de atuação! Eu me reconheci na seguinte afirmação: “O problema surge quando devido ao seu menor consumo energético, nossa mente prefere sempre esse modo rápido e intuitivo para as tomadas de decisão”.

Como sou uma pessoa bastante ansiosa e tenho dificuldade de pensar em um assunto de cada vez, volta e meia me encontro tomando decisões apressadas ou impulsivas. O objetivo normalmente é: “Vou resolver isso logo porque é menos uma coisa pra me preocupar”. Em muitos casos, o resultado é positivo e eu tenho confiado cada vez mais na minha intuição. Porém, em algumas situações do passado, precisei rever as decisões que tomei por medo de desagradar ou porque me sentia intimidada e pressionada. Em uma fase bem difícil, fui obrigada a assumir a covardia que fez com que a vida me levasse para onde eu não queria ir. E o arrependimento foi gigantesco!

Entretanto, penso que a capacidade de se arrepender, de assumir as falhas e aprender com os próprios erros é algo bom que nos impulsiona em direção a nos tornarmos pessoas melhores. Fiz as pazes com meu passado e recuperei minha paz de espírito. É por isso que tenho lutado constantemente contra a minha natureza ansiosa e, ao invés de responder sempre “Sim, claro. OK, vamos lá. Tô dentro, conta comigo. Tudo o que você pedir, eu faço.”, penso duas vezes e não tenho mais o mesmo receio de dizer “NÃO”.

Mudar não é fácil e infelizmente não viemos ao mundo com um botão que liga ou desliga um certo comportamento ou forma de pensar. Leva tempo para nos livrarmos de certos preconceitos arraigados. É por isso que gosto de ler mensagens como essa do meu pai, na qual me reconheço em alguns exemplos e consigo extrair uma lição positiva para a vida!

Um grande beijo pra todos com votos de um final de semana de reflexões e boas atitudes!

Bonfa-ass

15 comentários:

Nereime disse... [Responder comentário]

Kátia, estou te devendo a resposta de um e-mail, fui protelando mas este texto veio de encontro ao momento que estou vivendo.Por hora deixo meu apreço pelas sábias palavras de seu pai, parabéns por se orgulhar dele, isto é lindo!
Eu perdi o meu cedo e sei a falta que faz...
Um grande abraço,
Nereime

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@NereimeOi, Nereime! Meu pai é realmente o meu herói, um cara batalhador que teve uma infância humilde, mas com muita força de vontade, disciplina e estudo chegou onde nunca imaginava chegar. Ele lê muito, se questiona bastante, ama sua família acima de tudo, é generosíssimo e muito inteligente! Como é que eu nào vou ser coruja assim???? Mil beijos!

Glaucia disse... [Responder comentário]

Kátia, adorei o texto e a reflexão. Mudar quando a cultura do meio onde vive já está enraizada é muito complicado, e os questionamentos de familiares e amigos " mas vc não era assim'. Tenho mudado e aprendido muito, e descoberto que vale a pena dizer NÃO algumas vezes ( e ninguém morre por isso), e durante esse processo quem se distanciou é porque nunca foi próximo. Parabéns pelo pai, pelo texto e viva a capacidade de mudar.


Bjos


Gláucia

Nathalia disse... [Responder comentário]

Kátia, que texto bom para fechar a semana a semana com uma importante reflexão. Eu não me considero ansiosa a ponto de tomar decisões impulsivas, mas vira e mexe me arrependo da forma como disse ou fiz certas coisas... Acho que isso acontece exatamente por ter usado a forma "errada" de tomar decisões. Parabéns pelo papis inteligente e escritor!
Beijo!

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@GlauciaE eu amei seu comentário, Glaucia! Os verdadeiros amigos estarão do nosso lado sempre e compreenderão nossas razões, mesmo que nossa decisão seja contrária à que eles gostariam que tomássemos. Porque a única certeza que temos é que estamos vivos hj e ninguém sabe o dia de amanhã. Decisões precipitadas ou por preguiça me deram uma baita dor de cabeça e me fizeram rever essa atitude de sempre dizer "SIM" pra tudo o que me pediam. HJ sou mais seletiva e nào me deixo intimidar. É muito bom quando a gente percebe que mudou. E pra melhor! Um grande beijo e ótimo fim de semana!

Lumini disse... [Responder comentário]

Agradeça ao seu pai por compartilhar esse texto com a gente.

Esses dias eu li em um blog, o Não Salvo, uma pesquisa que ele fez sobre os tipo de leitores que ele tem mas o que me chamou atenção foi jeito humorado (e nem um pouco falso-moralista - o que dói nos politicamente corretos) de fazer isso.(http://www.naosalvo.com.br/desafio-aceito-20-todo-mundo-e-igual-perante-a-internet/)

Fiquei refletindo com meus botões... O autor do Não Salvo levou sua pesquisa de tipos de leitores pro lado físico da coisa mas ele mesmo concluiu que essas características carregavam histórias incríveis...

Onde quero chegar com isso tudo? Entendemos certas mensagens que chegam a nós de acordo com o que estamos passando naquele momento ou com o que aprendemos ao longo da(s) vida(s). Já pensou em quantos leitores te leem? Em quantas histórias de vida? E é aí que a leitura e a releitura é importante nas nossas vidas... vamos adquirindo maturidade pra entender certas coisas né? E aí a beleza de um texto como esse ter chegado até aqui.

Quando li o texto do seu pai, me deu vontade de reler e fiquei refletindo o quanto consegui alcançar daquela visão e experiência.

Adorei o que li e salvei para reler mais vezes! Muito do que li me identifiquei e adorei a maneira como ele organizou o raciocínio e ainda exemplificou. Adorei o exemplo de Jesus pq eu vivo muito esse problema do mínimo esforço e estou trabalhando isso comigo. Tento canalizar minhas revoltas com as "injustiças" para transformá-las em ações minhas de auto transformação para melhora do todo.

Também, como você, sou impulsiva e esse ano á pude viver uma experiência que não pude agir conforme minha impulsividade e tive que esperar e depois vi claramente que o "certo" mesmo era ter calma.

Mil ideias na cabeça lendo esse texto. Estou começando a estudar antroposofia e lá explica da importância da visão do individual (não nos considerando apenas homo sapiens, mas como um espírito, uma essência com bagagens) no coletivo.

Li dois livros que não sei se o seu pai já leu mas recomendo. Um é o Conversando com Deus - Neale Donald Walsh (não é sobre religião nenhuma) e o outro é As sete leis espirituais do sucesso - Deepack Chopra. Esses dois livros falam sobre esses assuntos que seu pai abordou.

Me senti muito bem ao ler o texto do seu pai e com uma vontade enorme de estudar, me exercitar e evoluir.
Realmente temos que pensar fora da caixinha. Essas ferramentas são importantes para nós mas devemos aprender sempre a raciocinar e sentir fora disso né?

Tem um versinho que amo:

Antes de entendermos o Zen, as montanhas são montanhas e os rios são rios;
Ao nos esforçarmos para entender o Zen, as montanhas deixam de ser montanhas e os rios
deixam de ser rios;
Quando finalmente entendemos o Zen, as montanhas voltam a ser montanhas e os rios
voltam a ser rios.

Não sei se consegui organizar o meu pensamento, rs. Amo "filosofar"

Obrigada! Beijos

Lumini disse... [Responder comentário]

Agradeça ao seu pai por compartilhar esse texto com a gente.

Esses dias eu li em um blog, o Não Salvo, uma pesquisa que ele fez sobre os tipo de leitores que ele tem mas o que me chamou atenção foi jeito humorado (e nem um pouco falso-moralista - o que dói nos politicamente corretos) de fazer isso.(http://www.naosalvo.com.br/desafio-aceito-20-todo-mundo-e-igual-perante-a-internet/)

Fiquei refletindo com meus botões... O autor do Não Salvo levou sua pesquisa de tipos de leitores pro lado físico da coisa mas ele mesmo concluiu que essas características carregavam histórias incríveis...

Onde quero chegar com isso tudo? Entendemos certas mensagens que chegam a nós de acordo com o que estamos passando naquele momento ou com o que aprendemos ao longo da(s) vida(s). Já pensou em quantos leitores te leem? Em quantas histórias de vida? E é aí que a leitura e a releitura é importante nas nossas vidas... vamos adquirindo maturidade pra entender certas coisas né? E aí a beleza de um texto como esse ter chegado até aqui.

Quando li o texto do seu pai, me deu vontade de reler e fiquei refletindo o quanto consegui alcançar daquela visão e experiência.

Adorei o que li e salvei para reler mais vezes! Muito do que li me identifiquei e adorei a maneira como ele organizou o raciocínio e ainda exemplificou. Adorei o exemplo de Jesus pq eu vivo muito esse problema do mínimo esforço e estou trabalhando isso comigo. Tento canalizar minhas revoltas com as "injustiças" para transformá-las em ações minhas de auto transformação para melhora do todo.

Também, como você, sou impulsiva e esse ano á pude viver uma experiência que não pude agir conforme minha impulsividade e tive que esperar e depois vi claramente que o "certo" mesmo era ter calma.

Mil ideias na cabeça lendo esse texto. Estou começando a estudar antroposofia e lá explica da importância da visão do individual (não nos considerando apenas homo sapiens, mas como um espírito, uma essência com bagagens) no coletivo.

Li dois livros que não sei se o seu pai já leu mas recomendo. Um é o Conversando com Deus - Neale Donald Walsh (não é sobre religião nenhuma) e o outro é As sete leis espirituais do sucesso - Deepack Chopra. Esses dois livros falam sobre esses assuntos que seu pai abordou.

Me senti muito bem ao ler o texto do seu pai e com uma vontade enorme de estudar, me exercitar e evoluir.
Realmente temos que pensar fora da caixinha. Essas ferramentas são importantes para nós mas devemos aprender sempre a raciocinar e sentir fora disso né?

Tem um versinho que amo:

Antes de entendermos o Zen, as montanhas são montanhas e os rios são rios;
Ao nos esforçarmos para entender o Zen, as montanhas deixam de ser montanhas e os rios
deixam de ser rios;
Quando finalmente entendemos o Zen, as montanhas voltam a ser montanhas e os rios
voltam a ser rios.

Não sei se consegui organizar o meu pensamento, rs. Amo "filosofar"

Obrigada! Beijos

Luiza Coelho

Fernanda Furtado disse... [Responder comentário]

Oi Kátia!

Quanta diferença faz nas nossas vidas ter pais e mães sábios que nos levam sempre à reflexão e ao pensamento crítico. Eu também tenho essa felicidade.

Achei muito interessante o tema proposto pelo seu pai e pretendo ler o livro indicado por ele.

Apesar de ser ansiosa, sou o tipo de pessoa que pensa lento e não sabe tomar decisões imediatas. Preciso de tempo para pensar. Isso já foi um problema, mas tenho aprendido a respeitar essa minha forma de ser e tenho sido feliz na minha decisão.

Beijos e obrigada por compartilhar!

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

Meninas, que comentários super interessantes e repletos de conteúdo! Estou adorando ler as mensagens aqui! Hoje estou meio enrolada porque é dia da FESTA DE VERÃO, mas amanhà estarei mais tranquila e responderei a todos com calma, OK? Super obrigada pelas opiniòes! Tenho certeza de que meu pai vai amar ler o que escreveram! Grande beijo!

Angela Loureiro disse... [Responder comentário]

Katia, adorei o texto! Também sou super ansiosa e me revi completamente nas frases “Sim, claro. Conta comigo.” Já sofri muito por não conseguir dizer “não”, por não colocar as minhas vontades em primeiro lugar. Há algum tempo, conversando e chorando muito com amigas, percebi o quanto isso me fazia mal. Estou tentando fazer sempre o exercício de parar, pensar, sentir e só depois responder/agir. Não é fácil porque o meu impulso é sempre dizer “sim, estou dentro”. Mas aos poucos estou conseguindo e estou muito mais feliz com as decisões que tenho tomado – sem culpas e sem medos. Acho que estou conseguindo aprender a “utilizar o mecanismo correto em cada caso” .
Queria ainda dizer mais uma vez que admiro muito o seu trabalho, que acompanho há algum tempo. Esse carinho que aparece nos seus desenhos, nas festas, nos detalhes, no orgulho que tem da família demonstra a pessoa que você é. Parabéns pelo pai, pelo trabalho, pela generosidade de partilhar tudo isso! Beijos

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@ZoomZoom, como somos parecidas!!!! Eu poderia ter escrito exatamente o que vc colocou aqui! Essa coisa de dizer: "sim, claro que eu faço" era uma coisa automática, eu nem parava pra pensar. Era como se a necessidade de agradar fosse maior e mais importante do que qualquer coisa, inclusive a minha vontade! Te entendo perfeitamente e sou solidária! O pior é quando a gente esbarra na vida com alguém que percebe essa nossa característica e se aproveita dela. Tive uma chefe que se fazia de amiga, de boazinha, que dizia ter um carinho maternal por mim e vivia me pedindo favores, normalmente relacionados ao meu trabalho. Eram muitos e eu nunca tinha coragem de dizer "nào" tanto por querer agradar quanto por me sentir intimidada. Eu acreditava que ela poderia me prejudicar se eu negasse qualquer favor. Até que um dia, ela me pediu um favor enorme e aí percebi que a coisa estrapolou. Tive que dizer "não", mas fui covarde e inventei uma desculpa. Paramos de trabalhar juntas e eu decidi me afastar dela, o que me fez muito bem. Nào sinto a menor falta dessa pessoa manipuladora em quem nunca confiei e, pra dizer a verdade, nunca gostei. Depois desse espisódio, passei a pensar antes de agir e de me comprometer a fazer coisas que nào quero. No fundo, só tenho a agradecer o fato dessa pessoa ter aparecido na minha vida e me ensinado tantas lições! É aquele ditado "há males que vem para o bem." Realmente acredito nisso! Um beijo enorme pra vc e muito obrigada pelo carinho e elogios! Seja sempre muito bem-vinda!!!!

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@Fernanda AlvesFernanda, fico muito feliz de vc ter gostado do texto! Meu pais está sempre estudando e tem uma sede de conhecimento admirável! Acho que aprender a se conhecer melhor é a chave para melhorarmos como seres humanos! Um grande beijo e muito obrigada pelo carinho e pelo comentário!

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@NathaliaObrigada, querida Nathalia! É realmente difícil a gente nào se arrepender de algo na vida, né? Eu me arrependo de muitas coisas, mas como sou impulsiva, normalmente fico chateada com as coisas que fiz e nào com as que nào fiz. É uma boa reflexào mesmo! Beijão e ótimo final de semana!

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@LuminiLumini, pode deixar que agradeço sim! Eu adorei sua frase "Entendemos certas mensagens que chegam a nós de acordo com o que estamos passando naquele momento ou com o que aprendemos ao longo da(s) vida(s)". Concordo plenamente com isso! Às vezes a gente interpreta uma mensagem de maneira totalmente equivocada, justamente porque temos como base nossas próprias experiências e preconceitos. O importante é perceber isso e aprender a nos policiar para não julgar os outros com base nesses conceitos. Já fiz isso muitas vezes e quando descobri que nào era nada daquilo que eu pensava, me senti super mal, super culpada de ter feito um julgamento errado. Fico muito feliz que tenha gostado do texto, que o tenha salvo e que tenha estimulado tantas reflexões! Muito obrigada mesmo pelo seu comentário e gentileza! Um grande beijo!

Anônimo disse... [Responder comentário]

Sr. Públio, bravo, bravíssimo! Que aprendizado e enriquecimento acabei de ter! Minha tese de pós-graduação foi "Aspectos comportamentais do tomador de decisão do mercado financeiro", focando nos investidores da bolsa de valores. O sr. acaba de sumarizar o que tratei na tese; ou seja, decisões baseadas em euforia e medo. Com sua permissão, utilizarei trechos do seu artigo no discurso do meu aniversário de 40 anos - em novembro 2013. Preciso conscientizar algumas 'pecinhas' do meu convívio familiar da necessidade de certa procrastinação em algumas situações. Sou fã de sua filha pelo talento, simpatia e humildade. Vejo claramente a participação da ascendência dela em sua formação. Parabéns! Um abraço e felicidades, Paula - Executiva de Panela

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