Gruta do Lago Azul
Flutuação no Rio da Prata
A gente se sente dentro de um aquário gigante!
As águas azuis do Rio da Prata
Buraco das Araras: a maior dolina da América do Sul
Cachoeira Boca da Onça
Poço da Lontra
Águas de cor esmeralda no Balneário Municipal
O fantástico Abismo Anhumas
Prato Pantaneiro: capivara, queixada e jacaré com arroz, farofa, batatas sautée e aipim frito
O Marcelo ganhou 5 dias de folga no Natal do ano passado e decidimos aproveitar o feriado para conhecer um destino nacional que demandasse mais do que um único final de semana. O próximo passo foi pesquisar preços de passagens aéreas. Nossa primeira opção era Jericoacoara-CE, mas o bilhete de ida e volta a Fortaleza estava custando 2 mil reais na época. Caríssimo pros nossos padrões! Mudamos os planos quando encontramos uma passagem para Campo Grande-MS por menos de 300 reais. Resultado: fomos pra Bonito e eu fiquei bem feliz porque era um dos lugares que eu mais tinha vontade de conhecer no Brasil!
Nosso voo atrasou quase duas horas e aterrisamos em Campo Grande de madrugada. Retiramos o carro alugado no aeroporto e seguimos para o hotel. No dia seguinte, antes de partir para Bonito, fomos passear no Parque das Nações Indígenas, um lugar bem agradável com uma extensa área verde. Foi a única coisa que fizemos na cidade. Depois voltamos ao hotel e seguimos para Bonito via Nioaque. Chegamos lá em pouco mais de três horas.
Deixamos as mochilas na Pousada São Jorge e passamos a tarde no Balneário do Sol. Localizado às margens do Rio Formoso, o local conta com piscinas naturais, tirolesa, trampolim, lanchonete, restaurante, churrasqueiras cobertas, redário, quadras de vôlei e futebol de areia.
Na entrada do balneário havia um búfalo, duas lhamas e, se não me engano, um avestruz. Os bichinhos eram mansos e tiramos algumas fotos com eles.
Quando chegamos no balneário, havia muita gente, mas mesmo assim conseguimos encontrar uma mesa vaga numa agradável área com sombra. Deve ser possível ver os peixinhos pela manhã, mas à tarde o fundo do rio estava muito remexido e a água ficou turva. Permanecemos lá até a hora da atração fechar e é por isso que não aparece quase ninguém na sequência de fotos acima, rs!
À noite, passeamos um pouco pela cidade e jantamos na CASA DO JOÃO, restaurante que nos foi bastante recomendado.
Pedi um caldinho de traíra que estava delicioso e é especialidade da casa. Em seguida, dividi uma suculenta picanha com o Marcelo. No restaurante há também um armazém onde encontramos produtos típicos da região e peças do artesanato local. Comprei um pote de geleia de gravira e um pacote de castanha do cerrado (cumbaru).
O dia seguinte estava reservado para os passeios às grutas e a flutuação no Rio Sucuri. Começamos pela Gruta de São Miguel. Assistimos a um video na recepção da fazenda e depois seguimos para a entrada da gruta munidos de capacetes e lanternas.
A visita guiada é breve e as formações rochosas no interior da gruta são interessantes, mas confesso que depois de conhecer a Gruta de Maquiné e a Gruta Rei do Mato em Sete Lagoas-MG, a de São Miguel não me impressionou.
Fotos do passeio à Gruta de São Miguel
Quando voltamos à área de recepção da fazenda, avistamos um grupo de araras fazendo um lanchinho. Foi uma pena eu não ter sido rápida o suficiente para fotografar um grupo que saiu voando… foi um belo espetáculo que parecia coreografado!
De lá, partimos para a famosa Gruta do Lago Azul, o cartão postal de Bonito e uma das atrações turísticas mais fotografadas do Brasil.
Chegamos no local indicado bem mais cedo que o horário marcado em nosso voucher, mas fomos encaixados em um grupo que estava prestes a sair para fazer o passeio.
O acesso à gruta estava sendo reformado e a escada que desce até o lago havia sido construída recentemente O pessoal chegou a um acordo com os órgãos ambientais responsáveis pela preservação do local para fazer a obra, o que trará mais segurança aos visitantes. Mas, de qualquer maneira, é preciso ter cuidado para não escorregar nas pedras que acumulam lodo. Eu me desequilibrei e quase caí algumas vezes.
A gruta foi descoberta por um índio em 1924 e possui em seu interior um lago azul com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades inundadas do planeta. Em 1992 uma expedição encontrou uma série de fósseis de mamíferos, como o tigre de dente de sabre e preguiça gigante, que viveram por lá entre 6 e 10 mil anos atrás.
Após uma descida de 100 metros, a gente chega próximo ao lago, que tem uma profundidade de 90 metros. A melhor época do ano para visitar a gruta é entre dezembro e janeiro pela manhã, quando o sol incide diretamente no lago, tornando o azul da água ainda mais intenso. Na verdade, isso acontece durante meia hora (se o dia não estiver nublado) e só mesmo nessa época do ano, o que faz com que as agências de turismo reservem esse horário concorridíssimo com até um ano de antecedência! Nós estivemos lá em dezembro, mas foi impossível conseguir vaga no horário em que esse fenômeno natural acontece. Aliás, nós quase não conseguimos comprar os ingressos para visitar a atração mais célebre de Bonito! O número de visitantes por dia é restrito e o pessoal normalmente reserva o passeio com meses de antecedência.
A última atividade do dia foi a flutuação no Rio Sucuri. Chegamos lá mais de uma hora antes do horário marcado no nosso voucher, mas recebemos a sugestão de tentar antecipar o passeio, já que não tínhamos outro compromisso. Foi tranquilo e novamente nos encaixaram num grupo que estava prester a sair.
A flutuação começou na nascente do rio, de onde o grupo partiu e se deixou levar pela correnteza enquanto observava os peixinhos. As águas são cristalinas, uma delícia! Aproveitamos a oportunidade para estrear nossa câmera subaquática, que foi baratinha e não tem muita qualidade, mas quebra um galho. Infelizmente, não conseguimos tirar muitas fotos porque a gente não tinha comprado um cartão de memória, o que fizemos na cidade mais tarde naquele mesmo dia.
Jantamos no PANTANAL GRILL e, como adoramos experimentar a culinária tradicional, pedimos o prato pantaneiro, que vinha originalmente com carne de capivara, queixada e jacaré, mas esse último estava em falta. Gostamos da comida e do atendimento.
Depois do jantar, tomamos umas cachacinhas e cervejas no TABOA BAR. A gente normalmente foge de lugares com música ao vivo, mas ouvimos o DUO ODARA entoar clássicos da MPB e, como eu amo esse tipo de música, principalmente Bossa Nova, decidimos ficar por lá. A voz da vocalista Lívia Maria é algo divino! Fiquei encantada! Voltamos no dia seguinte e dividimos um sanduíche de filé mignon com queijo que estava bem suculento.
A programação do dia seguinte era fazer a flutuação no Rio da Prata. Saímos bem cedo, antes do café da manhã, mas parte da estrada era de terra e demoramos um pouco mais do que o previsto para chegar lá. Estávamos alguns minutos atrasados, mas felizmente não houve problema.
Tal qual a flutuação no Rio Sucuri, o guia explicou como seria o passeio e em seguida vestimos as roupas de neoprene. Um jipe nos levou até o início da trilha, depois caminhamos alguns metros e conhecemos as nascentes antes de chegar ao lugar onde começou a flutuação.
Nós já tínhamos gostado da flutuação no Sucuri, mas o Rio da Prata é ainda mais bonito. É espetacular, na verdade! O trajeto é mais longo e há uma quantidade absurda de peixes! As águas são translúcidas e a gente se sente dentro de um aquário gigante.
Antes de iniciarmos o percurso, fizemos um rápido treinamento numa parte do rio bem rasinha para o guia poder analisar se estávamos todos confortáveis com o equipamento. Foi nessa hora que uma anta surgiu na outra margem e o Marcelo a fotografou.
Além da anta, vimos também um pequeno jacaré que cruzou nosso caminho. Ele passou por baixo d´água e foi nadando até a margem oposta.
Como havíamos comprado um cartão de memória no dia anterior, ficamos à vontade para tirar muitas fotos subaquáticas. Boa parte delas ficou meio tremida porque, conforme mencionei anteriormente, a câmera é bem simples, mas deu pra curtir o momento e registrar nossa experiência. A seguir, vocês podem conferir algumas imagens desse passeio imperdível!
De vez em quando, fazíamos uma pausa e mergulhávamos novamente em outra parte do rio.
Nas fotos acima, vocês podem ver uma nascente que parecia um vulcão aquático, expelindo areia e criando um surpreendente efeito borbulhante. O Marcelo foi lá conferir o fenômeno de perto!
Quando chegamos ao Rio da Prata propriamente dito, a água tornou-se mais turva porque estávamos na época das chuvas. Ainda assim, tinha uma cor belíssima!
Na volta do passeio, como estávamos em jejum, optamos por pagar pelo almoço, que foi servido no esquema de buffet na sede da fazenda. Acho que a maioria dos visitantes normalmente inclui a refeição no voucher da flutuação, mas a gente prefere ter a liberdade de escolher onde e a que horas vai comer. A comida não era nada de mais, porém tivemos a oportunidade de experimentar a “sopa paraguaia”, que na verdade é um suflê cremoso. Gostei!
Depois do almoço tiramos uma soneca em uma das várias redes disponíveis na fazenda… delícia!
Um lagarto beeeeem verdinho!
Acordamos depois de meia hora e seguimos para o Buraco das Araras. Esse nome surgiu em razão do grande número de araras que habitam o local e fazem verdadeiros espetáculos acrobáticos. O inverno é a época ideal para conhecer essa atração porque, como a temperatura é mais amena, as araras circulam alegremente pelos arredores. No verão é muito quente e elas ficam meio escondidinhas, aproveitando a sombra das árvores.
Nós estivemos lá no meio de uma tarde muito quente de verão. Vimos algumas araras voando e interagindo, mas eram poucas. No entanto, o “buraco” em si já é uma atração impressionante.
Trata-se de uma dolina, que pode ser definida como uma "colina ao contrário". A formação tem 100 metros de profundidade, 160 metros de diâmetro e 500 de circunferência.
Alguns estudos evidenciam que o surgimento do Buraco das Araras começou há cerca 10 milhões anos, apesar de a dolina estar formada há 200 mil anos. A formação começou com a infiltração da água da região nas fissuras da rocha arenítica, dissolvendo o calcário subterrâneo ao longo do tempo. Esse processo resultou no desmoronamento de uma camada superior formada pelo arenito.*
A visita é guiada e seguimos por uma trilha que circunda a dolina, parando para admirar a paisagem a partir de alguns mirantes que encontramos no caminho. Lá embaixo há um grande lago habitado por répteis.
No quarto dia de viagem, fizemos o tour da Boca da Onça. Trata-se de uma longa trilha de fácil caminhada que passa por várias cachoeiras. Uma delas, a Boca da Onça propriamente dita, é a maior do Mato Grosso do Sul.
O ponto de encontro é a sede de uma fazenda que possui uma estrutura bastante agradável. Recebemos um número e esperamos durante um tempo circulando pelo local até que nosso grupo fosse convocado para iniciar o passeio.
Fomos acomodados numa caminhonete e seguimos até o ponto onde começa a trilha. Fizemos um breve desvio para admirar a paisagem em cima da plataforma onde parte do grupo desceria de rapel.
Não tenho nenhum medo de altura, mas não confio muito nesses equipamentos de rapel, rs!
Quando começamos a descer, percebi que o pessoal descia em dupla e bem devagarzinho… aí pensei que se eu tivesse visto isso antes, teria me animado!
Cachoeira Boca da Onça
Cachoeira Boca da Onça
A cachoeira Boca da Onça é realmente gigantesca e a trilha que percorremos dentro da mata é bem sinalizada e estruturada. Andamos sobre plataformas e escadas de madeira durante a maior parte do trajeto.
Eu só não achei a cachoeira Boca da Onça aconchegante para dar um mergulho. Como havia chovido muito na noite anterior, suas águas geralmente cristalinas estavam barrentas.
Preferi mergulhar mais adiante, num laguinho de águas verde claras onde era possível avistar a cachoeira ao fundo.
Continuando o passeio, seguimos para o Poço da Lontra, uma mini cachoeira que forma uma mini piscina de água clarinha. Que lugar delicioso!!!!
Marcelo tomando uma “chuveirada” no Poço da Lontra
Cachoeira do Fantasma
Cachoeira do Fantasma
Passamos pela bela Cachoeira do Fantasma sem pausa para mergulho e seguimos para o curioso Buraco do Macaco.
A princípio, o Buraco do Macaco parecia ser uma cachoeira igual às outras, mas bastou obervá-lo por outro ângulo para perceber que a queda d´água tinha algo diferente…
A cachoeira cai dentro de um buraco com 4 metros de profundidade, ao qual só se tem acesso passando por baixo de uma rocha. É por isso que a placa colocada na entrada da atração avisa que o local não é aconselhado para quem tem claustrofobia ou não sabe nadar.
Foi bem interessante conhecer essa cachoeira “escondida”!
Cascata do Jabuti
Cascata do Jabuti
Cachoeira da Anta
No final do passeio, já voltando para o local onde a caminhonete nos buscaria, passamos por duas quedas d´água bem bonitas: a Cascata do Jabuti e a Cachoeira da Anta. Adorei essas formações rochosas que se assemelham a degraus.
De volta à sede da fazenda, aproveitamos para curtir a piscina até a hora do pessoal encerrar suas atividades.
Foi uma surpresa descobrir que havia peixinhos na piscina!
O Marcelo tinha um compromisso em Bonito no final da tarde. Ele foi participar do treinamento para descer de rapel o badalado Abismo Anhumas. Conforme ele escreveu em seu relato:
“Consiste em subir pela corda meio que num esquema bem parecido com o que, quando aprendi a escalar (e isso tem 20 anos), chamávamos de jumar. A subida dá uns 7 metros. Chegando lá, basta descer de rapel. É bem simples – mas você precisa estar em boas condições físicas, porque no dia seguinte você vai fazer isso numa escala 10 vezes maior (literalmente) e num grau de exposição beeeeem diferente daquele. Minha recomendação é que, se você penar no treinamento, talvez seja melhor não ir”.
Acho que eu passaria no teste físico, mas não gosto dessas cordas todas amarradas e sinto calafrios só de pensar em descer um abismo com 72 metros de profundidade na escuridão total. Além disso, esse passeio é caríssimo (805 reais por pessoa com mergulho). Imagina pagar essa grana e amarelar na hora H? Por outro lado, o Marcelo levou a câmera e tirou a foto mais linda da viagem… é realmente um cenário espetacular!!!!
Decoração natalina na praça principal de Bonito
Como era dia 24/12, véspera de Natal, vários restaurantes estavam fechados. Um dos poucos abertos era a CASA DO JOÃO, onde jantamos novamente.
Meu prato de filé mignon com gorgonzola e batatas sautée estava saborosíssimo!
A sobremesa foi petit gâteau de guavira, a fruta típica local. Uma delícia, bem diferente de tudo o que já experimentei!
Nesse dia, o próprio João estava no restaurante conversando com os clientes. Ele foi muito atencioso, simpático e ouviu nossa sugestão de oferecer um prato-degustação com as especialidades da região, principalmente os peixes. Ele disse que já tinha pensado nisso, mas ainda não havia descoberto uma maneira de colocar a ideia em prática.
No dia seguinte, enquanto o Marcelo se aventurava no Abismo Anhumas, eu relaxava no Balneário Municipal.
Cheguei cedo e comecei a explorar o local antes de escolher um espaço para estender a canga e ler um livro. O complexo dispõe de estacionamento, quadra de vôlei e futebol de areia, lanchonetes e restaurantes, além de um quiosque com churrasqueiras e banheiros.
As águas cristalinas do Rio Formoso permitem uma visão nítida de peixes de cores e tamanhos variados.
Nesse dia eu preferi ficar sentada na beira do rio observando os peixinhos, enquanto esperava o Marcelo voltar do passeio.
Pra ajudar a passar o tempo, pedi uma caipirinha de limão que veio bem geladinha, enfeitada com a fruta cortada de uma maneira curiosa e criativa. O limão ficou com cara de sol… mais tropical, impossível!
A entrada do Abismo Anhumas
Enquanto isso, o Marcelo estava vivenciando a maior aventura da viagem e, como eu não estava lá, vou copiar a seguir o relato que ele publicou originalmente AQUI.
“Chegamos na área do Abismo Anhumas pouco antes da hora marcada. Estava nublado. Fomos ver o buraco de entrada, onde começa o abismo. Realmente parece um buraquinho. Soube que naquele dia seriam apenas dois mergulhadores: eu e Paulo, um grande aventureiro de Ribeirão Preto. Até chegar a nossa vez de descer levou algum tempo”.
“Descemos tranquilamente. Descer é tranquilo, mas vale a pena ir com calma para curtir a descida no buraco. O buraquinho que vimos lá em cima se abre e vira uma grande caverna subterrânea. Muito sinistra a forma de entrar no lugar”.
“Depois de um tempo ‘aclimatando’, vestimos nossas roupas e partimos para o mergulho. Nossa master, a Adriana, nos explicou rapidamente como seria. O mergulho é com lanterna. Eu aprendi a mergulhar no ano passado, em grande parte influenciado por uma viagem que faria (e fiz) à Austrália e a oportunidade de mergulhar na Grande Barreira de Corais. Identifiquei no mergulho uma alternativa adicional de curtição. Além da GBC, mergulhei algumas poucas vezes em Arraial do Cabo e no Rio. Mergulhar numa caverna foi uma coisa bem diferente das experiências anteriores. Foi como estar numa gruta, dessas que visitamos regularmente, inundada. Cheia de cones enormes, com dezenas de metros de altura. Excelente visibilidade, mesmo dependendo de lanterna em boa parte do tempo. A maior paz”.
“Mas no meio do mergulho tive um problema. Numa das descidas não consegui compensar meu ouvido esquerdo. Tentei, forcei, insisti, não deu jeito. Só que continuei descendo e ele começou a doer, latejar cada vez mais forte. Parei, subi e rezei para que a dor passasse. Se não passasse, teria de abortar o mergulho e voltar à superfície. A dor passou. Posteriormente consegui até voltar a descer. Mas o problema me custou alguns preciosos minutos de curtição do paraíso”.
“Já perto do fim do mergulho, nossa master nos indicou a luz entrando na caverna e o efeito que ela faz sobre a água. E sobre nossa visão, dentro da água. Sublime! Era o início de um momento mágico, que levou algumas poucas horas. A luz do sol entrando na caverna e batendo diretamente na água. Esse facho de luz direto na água era refletido sobre a rocha. Tudo isso parecia iluminação artificial, mas era tudo absolutamente natural. Estupendamente lindo. Se não me engano, o sol só ‘entra’ assim na caverna durante esse período de verão. Foi um espetáculo ver aquilo debaixo da água e na superfície depois”.
“Ainda ficamos algumas horas dentro da caverna porque a primeira dupla que subiu levou simplesmente o triplo do tempo médio (20-30 minutos). Aproveitamos para ficar batendo papo e fazer um belíssimo passeio de barco – não dispense esse passeio! Mais que isso, aproveitei para admirar longamente o extraordinário efeito do sol entrando na caverna. Quando subimos, o sol já estava ‘saindo’ pela rocha”.
“Chegou nossa vez e subimos em pouco mais de 20 minutos, dentro da média. Incluindo pausas para descansar e admirar a beleza do lugar. A subida é, evidentemente, muito mais complicada. Toda hora precisamos parar para nos reposicionarmos. Se não um começa a bater na cabeça do outro. Você precisa subir no mesmo ritmo do seu companheiro. Sem contar a parte final, entre as rochas, que requer mais cuidado. Deve ser um tormento para quem não está apto.
Lá fora soubemos que a primeira dupla (a que levou uns 90 minutos para subir) chegou lá em cima machucada, justamente por conta do longo tempo que ficaram pendurados. É que não é nada confortável ficar pendurado – ou seja, é desaconselhável você prorrogar deliberadamente seu tempo de subida porque o baudrier/cadeirinha vai acabar machucando suas partes. Recomendadíssimo também usar uma meia grossa (ou calça), porque você sobre com uma corda passando constantemente na área do tornozelo.
Encerrada a aventura, retornamos à cidade. Katia, que não foi, estava me esperando no Balneário Municipal, onde relaxamos e curtimos o resto da tarde”.
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Achei deslumbrantes as imagens do faixo de luz e fiquei encantada!!!! Mas, mesmo assim, não me arrependi de ter ficado no balneário. Se houvesse outra maneira de descer o abismo, eu iria, mas rapel não é algo que eu curtiria fazer. Além do relato do Marcelo, eu já tinha lido o de uma menina que teve um ataque de pânico no meio da descida e precisou ser içada de volta.
Fechamos a conta na pousada no fim da tarde e partimos para Campo Grande. Chegando lá, comemos uma pizza e seguimos para o aeroporto, de onde o voo decolou no meio da madrugada... e assim terminou mais um feriado desbravando nosso lindo país!
Um grande beijo pra todos com votos de muitas viagens inesquecíveis!!!!
22 comentários:
Aaah...eu adoro esse lugar!Pena que conheci muito rapidamente em 3 dias..."Vou voltar, sei que ainda vou voltar!"
Lindas fotos!
Beijos!
aiii q delicia e uma invejinha boa haha.. morro de vontade de conhecer Bonito, mas tbm morro de medo de topar de cara com uma cobra seja ela qual for.. tenho pavor só de imaginar kkk.. mas me delicio com essas imagens maravilhosas..bjm
@Flávia MergulhãoAh, volta sim!!!! Realmente dá pra ficar uma semana conhecendo as atrações de Bonito, tem muita coisa pra ver e admirar! Mil beijos!
@GracyMuito obrigada, Gracy! Bonito é realmente um dos lugares mais lindos do Brasil e merece esse título porque as belezas naturais são de tirar o fôlego! Nosso país é maravilhoso!!!! Beijão!
Nossa que lugar perfeito, já entrou pra minha lista de desejos de lugares pra visitar, rs, beijos
FABIOLA KEFFER
Nossa que lugar perfeito, já entrou pra minha lista de desejos de lugares pra visitar, rs, beijos
FABIOLA KEFFER
Que lindas fotos!!!
Morro de vontade de conhecer.
bjokas =)
Katita! Que fotos lindas e que lugar encantador! Essa fazenda então.. um luxo!!! Adorei!!!!
Beijos
@Fabiola KefferQue legal, Fabiola! Eu amei essa viagem!!!! Beijão!
@BellObrigada, Bell! Bonito tem uma ótima estrutura para o turismo, vc vai gostar! Beijão!
@MartaMartinha, Bonito é tudo de bom e dava pra ter ficado mais dois dias que teria mais programas legais pra fazer. É um lugar que vale a pena curtir por uma semana!Bjs!
Que delícia reviver esses momentos com vc Bonfá!! Estive em Bonito no ano passado e fiz os mesmos passeios q vc..pena que qdo fui estava muito frio (a noite estava batendo 5º) e não pude aproveitar muito as cachoeiras..na visita a Gruta do lago azul não tinha essa escada...adorei o relato
@lomaLoma, que legal seu feedback, muito obrigada! FiCo feliz que tenha gostado do meu relato! Realmente ir no verão tem as suas vantagens, mas pra ver as araras, o melhor é ir com friozinho. Enfim, tudo tem seus prós e contras, né? Bom saber que você aproveitou o passeio mesmo assim! A escada melhorou muito a vida dos visitantes, rs! Beijão!
Sempre disse que Bonito é o lugar que mais quero conhecer no Brasil e depois desse post decidi que vou fazer isso até no máximo o ano que vem! Vou salvar o link desse post!
Achei as fotos embaixo d'água ótimas! Vc poderia me dizer qual o modelo da sua máquina?
beijosss
@ThaísOi, Thais! Eu te entendo perfeitamente! Tinha 3 lugares na minha lista que eu queria muito conhecer no Brasil: Lençóis Maranhenses, Bonito e Fernando de Noronha. Tenho a impressão de que são os lugares mais lindos do país e realmente eu amei os Lençóis (mesmo na estação seca) e Bonito. Só falta conhecer Fernando de Noronha algum dia! Deve ser um lugar de sonho! Sobre a câmera, é uma FUJIFILM XP, mas ela é bem simples. As imagens que coloco no blog são todas tratadas no Photoshop pra ganharem mais nitidez e contraste. As originais são mais esmaecidas e um pouco desfocadas. Pro que a gente quer, acho essa câmera legal e com bom preço (custou 160 dólares nos EUA), mas se você procura mais qualidade, nitidez e pode investir mais um pouco, essa não é a ideal. Um super beijo!
Esse relato me traz lembranças muito boas. Estive em bonito há uns 5 anos e fiquei apaixonada. A gruta azul não tinha escada e era super dificil de descer. Quase no final minha filha teve uma crise de choro e não terminamos. Ficamos esperando o pessoal voltar mas vimos tudo perfeitamente. Foi lindo mas o medo dela foi maior rsrsrs. Sempre penso em voltar e flutuar de novo com os dourtados. Muito lindas as fotos do abismo. Tambem não fui. è muito perigo para mim. Bjus.
Encantada com essa beleza de Bonito, que dica de viagem maravilhosa ..... Parabéns Katia que talento você tem!! Seu blog e tudo de bom cheias de dicas Mara....
Abraços e quando tiver a oportunidades de vier conhecer Amsterdam Holanda, quero ter o prazer de te conhecê-la pessoalmente.
Suelen Godoi
Lindas!!n
@MariaLindo demais, né, Maria? Eu imagino o perigo de descer a gruta sem as escadas! Já não é tão fácil com elas, imagina sem elas! No comecinho são só pedras mesmo e é muito escorregadio. Eu também não iria no abismo porque teria medo, mas achei legal o Marcelo ter ido e ter tirado as fotos pra eu confirmar que o lugar é lindo mesmo e que o raio de luz não é um efeito especial, é de verdade! Sensacional! Beijão!
@Suelen GodoiMuito obrigada, querida Suelen! Seja sempre bem-vinda aqui nesse cantinho! Ah, eu amei Amsterdam! Estive aí em 2007 num feriado de Carnaval. Emendei a viagem com Paris e duas cidades belgas, foi uma delícia! Gostaria muito de voltar algum dia! Um super beijo!
Hj reli esse post e o comentário que fiz acima. Já comprei minha máq. Subaquática (gopro) e ainda esse ano vou a Bonito! Ebaaa!
A minha dúvida é em relação a época... estou com receio de deixar para ir em dezembro e as chuvas ou o tempo nubado atapalharem os passeios.
Os raios incidem sobre a gruta por menos de uma hora e vc disse que não pegou isso. Mas mesmo assim suas fotos ficaram ótimas com a água bem azulzinha! Isso que dizer que mesmo se eu for em setembro, por ex, consigo ver a gruta linda desse jeito?
beijosss
@Thaís Mendes VasconcelosOba, THais!!!! Que legal, Bonito é lindo demais, vc vai adorar! Isso, essa cor que a gente viu é assim o ano todo. Em dezembro o tempo é mais instável mesmo, mas pelo que ouvimos, é a única época em que os raios de sol iluminam a gruta. De qualquer maneira, é um risco porque pode estar nublado. Acho que setembro é uma boa época para viajar. Um beijão e aproveite bastante!
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