segunda-feira, 4 de maio de 2015

Resumão da viagem a Luxemburgo, Romênia, Sérvia, Bósnia-Herzegovina e Bélgica – Parte 2

De Timisoara, na Romênia, pegamos um trem em direção a Belgrado, na Sérvia. O trem parou na fronteira para que os agentes de imigração verificassem nossos passaportes e depois seguimos viagem até Vrsac, uma pequena cidade sérvia de onde partiríamos em outro trem para a capital do país. Não nos demos conta de que o fuso horário na Sérvia era diferente e lá o relógio marcava uma hora a menos. Por causa dessa confusão, achamos que tínhamos perdido o trem para Belgrado e vimos que o próximo só sairia dali a quatro horas. Estávamos enganados, o trem ainda estava para chegar, mas só descobrimos isso bem mais tarde.

Equivocados, saímos da estação e resolvemos caminhar até a rodoviária, que ficava a mais de 4 km de distância. Foi uma caminhada longa com breves pausas para pedir informações e trocar dinheiro num banco. As três pessoas com quem conversamos foram extremamente simpáticas, gentis e prestativas, como todos os sérvios que conhecemos nessa viagem. Quando o caixa do banco soube que éramos brasileiros, ficou bastante surpreso e soltou uma exclamação que provavelmente significava: “Uhuuuuuu, caramba, que exótico!”. Acho que brasileiros são raríssimos na cidade e nós fomos parar lá por acaso.

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Percorremos toda a rua principal de Vrsac e vimos de relance algumas atrações pelo caminho. A cidade é bem pequena e não deve atrair um grande número de turistas estrangeiros, apesar de termos visto duas agências de viagens e algumas placas de sinalização em inglês. Chegamos na rodoviária depois de mais ou menos uma hora de caminhada e pegamos um ônibus que estava prestes a sair para Belgrado.

Apesar do engano e da falta de necessidade de fazer essa caminhada, achei legal conhecer uma cidade pacata no interior da Sérvia e interagir com as pessoas super simpáticas que encontramos pelo caminho. Valeu como experiência!

 

SÉRVIA

Belgrado

Chegamos a Belgrado no início da tarde, deixamos a bagagem no albergue e fomos explorar os arredores. A capital sérvia é a principal cidade da antiga Iugoslávia e uma das cidades mais antigas da Europa. Minha primeira impressão foi a de uma metrópole com muita personalidade, ampla variedade de atrações turísticas e uma vida noturna bastante agitada.

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Portão do Relógio no Parque Kalemegdan

Sempre que viajo para o velho continente, reparo na limpeza das ruas e das praças públicas, o que provavelmente passa despercebido aos olhos dos europeus que estão acostumados a isso. Entretanto, para uma brasileira, é sempre uma agradável surpresa notar que os canteiros de flores são bem cuidados e que quase não há lixo no chão.

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Fortaleza de Belgrado

Conforme comentei anteriormente, me surpreendi com a extrema simpatia e a gentileza das pessoas nessa parte do mundo e, quando pesquisei para este relato, percebi que muitos brasileiros tiveram a mesma impressão. Não houve problema na nossa comunicação porque muitos sérvios falam inglês. A Sérvia, como praticamente todo o leste europeu, tem um custo de vida bem mais baixo do que o restante do continente. Sendo assim, a gente gastou muito menos em hospedagem, alimentação e atrações do que na parte ocidental da Europa. Para completar a lista dos motivos para visitar o país, desde meados de 2013, os brasileiros não precisam mais de visto, obaaaaa!

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O Kalemegdan é o maior parque de Belgrado e seu nome deriva das palavras de origem turca kale (que significa “fortaleza” ou “castelo”) e megdan (que simboliza “campo” ou “planície”). Kalemegdan portanto representa "o campo da fortaleza" e denota o território que antecede o forte propriamente dito, no caso, a Fortaleza de Belgrado (Beogradska Tvrđava). No uso corriqueiro, tanto o parque quanto o forte são simplesmente denominados Kalemegdan.*

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A Fortaleza de Belgrado foi a atração turística que eu mais gostei de conhecer na cidade e por isso mesmo foi a que ganhou mais fotos nesse relato.

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O local abrange um complexo de construções remanescentes do desenvolvimento de Belgrado nos últimos 12 séculos. É possível visualizar desde as primeiras muralhas construídas pelos romanos no século I até as sucessivas reformulações conduzidas durante as ocupações otomanas e austríacas.*

*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kalemegdan

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Foi uma delícia passear entre as muralhas e observar as mais belas vistas da cidade, incluindo a confluência dos rios Sava e Danúbio.

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Estátua de Victor, um dos cartões postais da cidade que celebra a vitória na Guerra dos Bálcãs

A estátua de Victor ou “Pobednik” foi construída em 1928 para comemorar o triunfo dos sérvios na Guerra dos Bálcãs. O monumento tem 14 metros de altura e é uma marca registrada da cidade, presente em vários souvenirs, como os porta-copos que comprei lá e mostrei AQUI.

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Assistir o pôr do sol a partir da fortaleza é uma atividade praticamente obrigatória para quem visita a cidade.

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Quando a noite cai, as muralhas recebem uma iluminação especial que torna o passeio ainda mais agradável e romântico.

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Lá do alto, é possível observar as duas margens do rio, que ficam cheias de barcos que funcionam como bares, boites e restaurantes. Não havia muito movimento quando estivemos lá na baixa temporada, mas dizem que nos meses mais quentes a região fica animadíssima.

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Barcos ancorados que funcionam como restaurantes

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Boite à beira do rio

Gostei muito de caminhar à beira do rio na região que fica próxima à fortaleza. Na verdade, nós começamos a caminhada em outro ponto bem mais afastado, mas não foi muito agradável porque só vimos carcaças de embarcações e detritos. A parte que vale a pena conhecer e que fica badalada à noite fica nos arredores da cidade velha (stari grad).

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Pra quem gosta de cervejas artesanais e, especialmente as IPAs (meu estilo preferido), vou deixar aqui a dica de dois lugares onde encontrei uma marca que adorei, a KABINET: MINERS PUB e BERLINER. A BrrKaaa é muito gostosa e a SuperNova foi uma das melhores IPAs que experimentei. Recomendo muito!!!!

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O calçadão de pedestres  da badalada rua Kneza Mihaila é o local preferido como ponto de encontro em Belgrado. A arquitetura de seus prédios mistura diversos estilos que, indiretamente, contam um pouco da história da cidade, destruída e reconstruída mais de 40 vezes por conta de sucessivas guerras e conflitos.

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Foi na Praça da República, próximo à estátua do Príncipe Mihailo Obrenović III, que encontramos o grupo do WALKING TOUR GRATUITO por Belgrado. Fizemos o mesmo passeio em Bucareste, na Romênia e, como adoramos a experiência, resolvemos repeti-la na capital sérvia.

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Nossa primeira parada foi em Skardalija, mais conhecida como “quarteirão ou bairro boêmio”. De fato, trata-se de uma área recheada de bares, cafés e restaurantes charmosos, alguns despojados e outros mais sofisticados, mas tudo bem turístico.

A guia do “walking tour” nos ofereceu um pouco de rakija caseira, feita com cereja. Trata-se de um aguardente típico do país, que pode ser elaborado a partir de uma diversidade de frutas. Dos que eu provei nessa viagem, esse de cereja feito em casa foi o que mais gostei.

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Nós havíamos almoçado na Skardalija no dia anterior, quando tivemos a oportunidade de experimentar dois pratos sérvios: rolinhos de carne grelhados (cevapci) acompanhados de batatas fritas e queijo empanado com molho tártaro. A comida sérvia é bem gostosa, com destaque para as carnes grelhadas, os frios, os embutidos e as linguiças defumadas. Hummmm, adorei as linguiças finas com pouca gordura e muito bem temperadas! No dia seguinte a esse almoço, jantamos num restaurante na mesma rua, onde havia músicos ciganos tocando músicas tradicionais. A gente não é muito fã de música ao vivo porque gosta de conversar sem precisar falar alto, mas para quem curte, acho que pode ser uma experiência bacana.

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A Catedral de São Sava é a maior igreja ortodoxa dos Balcãs e uma das maiores do mundo.  A construção estava sendo reformada quando a visitamos e li que as obras só terminarão em 2016. Pudemos entrar e constatar que seu interior é gigantesco com capacidade para milhares de pessoas, mas suas paredes estavam completramente nuas, sem afrescos, mosaicos, pinturas ou ornamentos. Foi uma pena porque eu adoro a decoração das igrejas ortodoxas… conclusão: preciso voltar algum dia, rs!

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Igreja de São Marcos

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A Igreja Ortodoxa de São Marcos está situada no Parque Tašmajdan e é uma das mais antigas do país.

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Detalhe de mosaico no interior da Igreja de São Marcos

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Em Belgrado, há um punhado de museus interessantes. Entre eles, o Museu Militar, onde estive com o Marcelo, mas não dei a devida atenção porque eu fiquei gripada na viagem e quando entramos no prédio percebi que estava com febre. Então preferi esperar ele terminar o passeio sentada numa das salas do museu.

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A visita à residência da Princesa Ljubica nos foi recomendada e então fomos lá conferir do que se tratava. A construção foi erguida em 1829 e sua arquitetura mistura o estilo dos Bálcãs e o turco. Na minha percepção leiga, o estilo turco parece predominar. Confesso que eu esperava uma decoração mais rica e imponente, digna de uma princesa. Vi algumas peças de mobiliário bonitas e cheias de detalhes, mas não me empolguei muito com a visita em geral, que durou pouco tempo.

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O Museu Tesla foi o meu preferido em Belgrado. Trata-se de um espaço dedicado ao engenheiro e inventor de etnia sérvia Nikola Tesla, que registrou mais de 700 patentes mundiais e foi responsável por muitas contribuições importantes para o avanço da tecnologia que conhecemos atualmente. O museu é interativo e as visitas são guiadas por um monitor que demonstra na prática alguns princípios físicos relacionados à eletricidade. Antes disso, vimos um curto documentário sobre o inventor e suas inúmeras contribuições científicas.

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O Museu Etnográfico de Belgrado possui um vasto acervo de vestimentas tradicionais usadas em cerimônias e ocasiões festivas, além de uma coleção de peças do artesanato sérvio.

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Musoléu de Tito

A admiração dos sérvios pelo Presidente da República Socialista da Iugoslávia, Josip Broz “Tito”, é tão grande que seu mausoléu foi construído num dos lugares mais valorizados da cidade. A última morada do carismático general bon vivant que conseguiu se aliar tanto aos soviéticos quanto aos americanos, faz parte de um complexo que inclui o Museu da História da Iugoslávia. Visitamos todo o espaço, mas o que eu mais gostei foi o mausoléu no qual há uma exposição fotográfica sobre as viagens que Tito fez quando estava no poder e muitos objetos pertencentes ao líder comunista, como roupas, móveis, documentos, artigos de uso pessoal, condecorações e presentes ofertados por diversos países.

Apesar de ter sido um ditador e de haver polêmica em relação ao período em que governou, a impressão que tivemos é que Tito é idolatrado por boa parte da população sérvia. Pelos comentários que ouvimos, muita gente sente falta do “tempo em que o governo não deixava faltar emprego nem moradia para o povo”. 

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A coleção de bastões acima faz parte do acervo do mausoléu e eu achei interessante observar que são todos bem diferentes entre si. Alguns se destacam por parecerem “temáticos” ou possuírem formatos inusitados. Pelo que eu lembro de ter lido na placa informativa, esses bastões continham cartas de agradecimento ao Presidente Tito, enviadas por escolas públicas e entregues pessoalmente por alunos dessas instiruições numa ocasião festiva ou feriado nacional. Como não temos nada parecido no Brasil e eu adorei o design dos bastões decorados, decidi fazer esse registro.

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No prédio da foto acima funcionava uma instalação militar até ser bombardeado pela OTAN em 1999. A cidade foi massivamente atacada na época da guerra pela independência do Kosovo. Fiquei curiosa pra saber se essa e outras construções detonadas continuam lá para servirem como um memorial de guerra ou se ainda não foram implodidas por falta de dinheiro. Pelo que pesquisei, a maioria dos turistas que passaram por lá compartilha da minha dúvida.

 

BÓSNIA-HERZEGOVINA

Sarajevo

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Paisagem rural na Bósnia-Herzegovina

De Belgrado, contratamos um transfer de van para Sarajevo. Depois de analisarmos as possibilidades e de descobrirmos que quase compramos uma passagem de uma companhia aérea que estava à beira da falência, o recepcionista do albergue sugeriu essa opção. Achei ótima porque o transporte era confortável e passamos por lindas paisagens rurais pelo caminho com muitas montanhas nevadas, bosques de pinheiros, casinhas charmosas, plantações, animais de fazenda e moradores seguindo sua rotina. Gosto de observar as pessoas e as paisagens quando viajo e então achei a experiência bem interessante. A viagem toda durou seis horas porque passamos mais de uma hora na fronteira entre os dois países por conta do controle de imigração.

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Sarajevo vista de um mirante na parte alta da cidade

Sarajevo é a capital e a maior cidade da Bósnia-Herzegovina com 200 mil habitantes e fica situada num vale. Possui um clima continental com verões quentes, invernos frios e bastante neve, já que fica em grande altitude.

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Um dos antigos portais da cidade

A cidade é considerada uma das mais importantes dos Balcãs e possui uma história tão rica quanto conturbada desde que foi fundada em 1461 pelos otomanos. O Arquiduque da Áustria Francisco Fernando (Franz Ferdinand) foi assassinado em Sarajevo em 1914 e, segundo relatos oficiais, esse foi o estopim que resultou no início da Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, Sarajevo foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1984 e, infelizmente, menos de dez anos depois, a  Guerra da Bósnia deixou um rastro de destruição e tristeza na cidade.

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Rio Miljacka

Cerca de 70% da capital ficou em ruínas e Sarajevo ainda possui as cicatrizes de um dos conflitos mais violentos da região, ocorrido entre 1992 e 1995. Vimos centenas de marcas de tiros nas fachadas de algumas construções e carcaças de prédios destruídos por morteiros, além de uma exposição recheada de fotos e histórias contadas por quem viveu esse período cruel e sanguinário.

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Antigo prédio da Prefeitura de Sarajevo, que hoje em dia funciona como biblioteca e museu

Convertido em Biblioteca Nacional em 1949, o antigo prédio da prefeitura foi incendiado em agosto de 1992 e quase dois milhões de livros, alguns bastante raros, foram destruídos.

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Apesar da indústria do turismo promover a guerra como atração, Sarajevo tem muito mais a oferecer ao viajante que se aventura por destinos menos óbvios do Leste Europeu. A capital é relativamente pequena e possui um centro histórico charmoso e bem cuidado.

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Bascarsija é a região mais badalada da cidade entre os turistas locais e estrangeiros. Trata-se de um antigo centro comercial cujo nome em turco significa “mercado principal”. Essa área recheada de lojas, cafés e restaurantes foi fundada no século XV e também abriga construções históricas como sinagogas e mesquitas.

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Ruínas de uma hospedaria em Bascarsija

O Mercado Coberto é uma construção de 1542 que fica ao lado das ruínas de uma antiga hospedaria. O espaço abriga lojas e quiosques que vendem roupas, jóias, bolsas, sapatos, lenços, antiguidades e objetos decorativos para casa.

Quando chegamos na cidade, comecei a reparar que havia um punhado de mulheres usando o véu islâmico e me surpreendi porque eu não tinha lido nada sobre a história da Bósnia antes de visitar o país. Eu não fazia ideia de que a maioria da população era muçulmana. Como é o Marcelo quem pesquisa a logística e traça os roteiros das nossas viagens, eu fico tranquila de não ter que ler tudo sobre os países por onde iremos passar. Até porque eu gosto mesmo é de me surpreender! O planejamento é necessário e importantíssimo, mas acho interessante guardar um espacinho para aprender algumas coisas in loco.

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Kit para café turco: džezva, xícara sem alça, água e lokum (um doce turco que parece jujuba com menos açúcar)

A influência turca é bastante perceptível na cidade, principalmente em Bascarsija, que parece um “micro Grand Bazaar”, o mercado mais famoso de Istambul, onde estive em 2012. Foi por isso que amei o artesanato bósnio que, na verdade, é turco, e muitos produtos vendidos nesse mercado são importados daquele país. Confesso que já desconfiava disso quando escrevi o post sobre as comprinhas que fiz nessa viagem, mas agora tenho certeza, rs!

A região da Bascarsija fica bastante movimentada nos finais de semana e por isso é quase impossível encontrar uma mesa livre na calçada para tomar um café turco. Aliás, esse tipo de café é tradicional da Turquia e de diversos territórios que no passado integraram o Império Otomano, tais como a Grécia, o Oriente Médio, o norte da África e os Balcãs, onde fica a Bósnia. É preparado a partir de café moído com consistência de farinha. A bebida resultante fica muito concentrada e é servida tradicionalmente em xícaras pequenas sem alça, normalmente sem açúcar.*

*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9_turco

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Bascarsija vazia numa noite chuvosa e o minarete iluminado

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Fonte de Sebilj

À noite também é uma delícia passear por Bascarsija e observar alguns monumentos iluminados, como o minarete de uma das mesquistas e a Fonte de Sebilj.

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Essa região é ótima para experimentar a deliciosa culinária local a preços baixinhos. O prato da foto acima é bastante típico e se chama Cevapi, feito com carne de cordeiro moída e grelhada, servida com cebola crua e queijo tipo cottage dentro de um pão achatado e esponjoso (somum). Na nossa última noite na cidade, dividimos esse prato, outro de salada e duas bebidas não-alcoólicas por somente 4,50 Euros!

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Achei lindo o interior da cervejaria SARAJEVSKA PIVARA, que fica ao lado da fábrica da cerveja, aberta em 1864. Não jantamos, somente beliscamos um prato de aperitivos que não era nada demais, mas acho que a visita vale a pena só pra curtir a bela decoração do espaço.

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O prédio da Academia de Belas Artes de Sarajevo fica à beira do rio e é um exemplo da arquitetura do Império Austro-Húngaro.

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Igreja da Mãe Sagrada e estátua que representa a paz

Uma das coisas interessantes que observei em Sarajevo foi a proximidade de templos religiosos de diferentes segmentos. Há ruas que chegam a abrigar igrejas católicas, mesquitas e sinagogas a poucos metros de distância. Deve ser também por isso que a cidade se declara o ponto de encontro entre o Ocidente e o Oriente.

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Um dos vários cemitérios a céu aberto espalhados pela cidade.

Como é impossível estar em Sarajevo e não lembrar da Guerra da Bósnia, procurei um texto sucinto que explica resumidamente o que foi esse conflito, retirado DESSE LINK*.

Ocorrida entre 1992 e 1995, a Guerra da Bósnia foi resultado de uma dissolução lenta e constante da então Iugoslávia que começou com a independência de territórios como a Eslovênia e Croácia, em 1991; e da própria Bósnia muçulmana, em 1992. Em seis de abril daquele ano, sérvios extremistas apoiados por Belgrado, a capital da ex-Iugoslávia, cercam todas as saídas de Sarajevo e dão início a uma guerra que mataria 200 mil bósnios. Mais do que um conflito religioso, como se justificavam os ataques da época, a Guerra da Bósnia foi uma tentativa desesperada de manter a união e o poder de uma 'grande Sérvia' sobre aqueles territórios balcânicos. Considerada um das mais violentas desde a Segunda Guerra Mundial, essa disputa por poder foi liderada por Slobodan Milosevic, ex-presidente da Iugoslávia que ficou conhecido como o 'carniceiro dos Bálcãs'.”*

Vimos uma exposição emocionande chamada “SREBRENICA” num centro cultural em Sarajevo. Além de fotos da guerra, assistimos a dois documentários, entre eles o ótimo “MISS SARAJEVO”, produzido pelo cantor Bono do U2. Impossível conter as lágrimas e não se solidarizar com um povo que vivenciou terríveis histórias de crueldade e passou por tanto sofrimento.

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O Túnel da Esperança fica um pouco longe do centro da cidade e por isso contratamos um tour privado que nos levou até lá. Nossa guia aparece na foto acima. Trata-se de um corredor subterrâneo com 960 m de extensão e 1,60 m de altura construído pela população durante os anos de cerco a Sarajevo para servir como uma ligação estratégica entre a cidade e a saída para as montanhas, passando por baixo do aeroporto. Essa antiga rota de fuga e passagem de alimentos, remédios e cabos de eletricidade para fornecimento de energia para hospitais e edifícios públicos, conta, atualmente, com 25 metros de comprimento abertos à visitação e abriga um pequeno museu com objetos bélicos e fotos da época.

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Ao longo da cidade, encontramos algumas “Rosas de Sarajevo”, que são uma interferência artística na qual um punhado de resina vermelha é usada para cobrir os buracos deixados por morteiros usados em atentados contra civis durante a Guerra da Bósnia. Com o tempo, a tinta vai saindo e o trabalho é refeito. A cidade tem vários outros monumentos, estátuas e memoriais associados à guerra que parecem enfatizar o sentimento geral do povo que é de “Perdoe, mas não esqueça”.

 

Mostar

De Sarajevo, fizemos um bate-vota a Mostar, cidade medieval apaixonante que me encantou! A dica mais importante que vou deixar nesse post é: não deixe de ir a Mostar porque, com certeza, você vai se arrepender de não ter conhecido esse cantinho charmoso e bucólico durante sua passagem pela Bósnia!

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Contratamos um tour privado para fazer esse passeio e adoramos a experiência. No caminho, passamos por montanhas nevadas, cânions, rios de águas verde esmeralda e lindas paisagens rurais.

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Antes de chegarmos ao nosso destino, fizemos duas paradas para apreciar a beleza do Rio Neretva, como vocês podem conferir na foto acima.

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Houve também uma pausa para chá e café num restaurante com uma varanda super agradável. Uma vantagem desse tour foi poder conversar bastante e trocar ideias tanto sobre a guerra quanto a situação atual da Bósnia com nosso guia, Enes, super “gente boa”, por sinal. O outro rapaz na mesa era o motorista e acho que ele não falava muito bem inglês.

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Prosseguimos então para Mostar e o sol já tinha ido embora quando chegamos lá. Foi uma pena, mas a cidade declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco é linda de qualquer maneira. Sua principal atração é a Ponte Velha (Stari Most) que fica sobre o Rio Neretva, erguida em 1566 por ordem do Sultão Suleyman. A construção curvada, toda feita de pedra, é simples, elegante e campeã de fotos em Mostar.

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A parte turística da cidade antiga é bem pequena e por isso o guia havia sugerido apenas meia hora de “tempo livre”, depois de ter nos levado nos locais onde pudemos observar as mais belas vistas da ponte. Acontece que eu amo visitar pequenas vilas medievais e me apaixonei por Mostar à primeira vista. Ahhhhh não, eu queria ficar muito mais tempo, me perder nas ruelas, entrar nas lojas de produtos turcos, experimentar os colares cheios de detalhes etc. Então pedimos uma hora inteira livre e lá fomos nós explorar o centro histórico.

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Foi preciso tomar cuidado ao caminhar pela ponte porque ela é bastante íngreme e seu piso de pedra polida é escorregadio. O guia tinha nos contado sobre os “jovens saltadores” que ficam no meio da ponte ameaçando se atirar de uma altura de 22 metros nas águas geladas do rio. Eles pedem 50 Euros e quase ninguém dá esse valor, mas quando um grupo de excursão resolve ratear a grana, os caras se jogam mesmo! Parece que essa é uma tradição que existe desde a época da construção da ponte.

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A ponte vista de outro ângulo

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Atravessando a ponte, começamos a ver uma concentração maior de lojas de artesanato e produtos típicos. Que delícia!!!! Era tudo tão colorido e cheio de detalhes… totalmente a minha cara!

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Cheguei a entrar em algumas lojas e quase comprei dois colares, mas eu estava sem dinheiro e, só depois de haver escolhido as peças, descobri que não aceitavam pagamento com cartão de crédito no estabelecimento… uma pena, mas ok, foi uma boa oportunidade para exercitar o desapego, rs!

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Sendo assim, decidi aproveitar o resto do nosso tempo livre para circular sem pressa e curtir o clima delicioso da cidade.

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Infelizmente, Mostar foi a localidade mais bombardeada do país durante a Guerra da Bósnia. Saindo do centro histórico é possível ver fachadas de prédios cobertas por marcas de tiros que fazem com que pareçam um queijo suíço. Até mesmo a Ponte Velha foi completamente destruída e reinaugurada bem mais tarde em 2004 com a ajuda da Unesco e de outros países que doaram recursos com essa finalidade.

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Na hora marcada para encontrar o guia, comentei com o Marcelo que eu adoraria poder ficar mais tempo e que foi uma pena não termos nos programado para passar à noite na cidade. Ele concordou e então convidamos o guia e o motorista para tomar uma cerveja ou um café antes de voltarmos para Sarajevo, a fim de prolongarmos nossa permanência em Mostar. O motorista só bebeu café, mas o guia nos acopanhou na cerveja e nos recomendou o restaurante BELLA VISTA, de onde tirei a foto acima. O lugar faz jus ao nome, escolhemos uma mesa no terraço e pudemos contemplar uma vista privilegiada da ponte e do Rio Neretva. Conversamos durante um tempão sobre tudo e foi muito interessante constatar mais uma vez a simpatia dos bósnios, assim como um jeito de ser que lembra um pouco o nosso brasileiro, despojado e informal.

Para fechar a visita com chave de ouro, um pouco antes de pedir a conta, começamos a ouvir um som baixinho que foi tomando corpo e me deixou emocionada. Era o chamado de oração da mesquita, conhecido como “Azan”. Eu me apaixonei por esse cântico na Tunísia, depois no Egito e na Turquia. Poucos minutos antes, comentamos com o guia que não o tínhamos ouvido em Sarajevo e então fomos agraciados com esse presente, enquanto curtíamos o momento num lugar tão especial…

Para quem não conhece, o cântico é esse aqui: https://youtu.be/mUHDYlJHaOQ

 

BÉLGICA

O último país que visitamos nessa viagem foi a Bélgica, onde havíamos estado em 2007. Não existe voo direto de Sarajevo para Bruxelas e então compramos uma passagem para Colônia, na Alemanha. Do aeroporto, seguimos até a estação de trem em direção a Bruges, que foi nossa base para os três dias que passamos no país.

Bruges

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Praça do Mercado (Grotemarkt)

Bruges é uma gracinha!!!! Ficamos encantados na primeira vez que desembarcamos nessa cidade que parece uma casinha de bonecas de tão fofa e perfeitinha! Assim como em Mostar, fizemos somente um bate-volta da capital quando estivemos em Bruges há 8 anos e nos arrependemos de não ter dormido na cidade. Que bom que tivemos essa segunda chance!

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Campanário Belfort na Praça do Mercado (Grotemarkt)

Bruges é conhecida como a “Veneza do Norte” por causa de seus inúmeros canais, mas eu a acho muito mais parecida com Amsterdã por conta de sua arquitetura, principalmente das fachadas das construções históricas, como os restaurantes da foto abaixo.

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Praça do Mercado (Grotemarkt)

A cidade possui um dos conjuntos arquitetônicos em estilo medieval mais bem preservados da Europa e seu centro histórico foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

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Praça Burg

O Stadhuis, edifício gótico de 1367 que abriga a prefeitura, fica na Praça Burg, uma área ampla cercada por construções centenárias e charmosíssimas cheias de detalhes minunciosos.

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A Basílica do Sangue Sagrado é muito procurada pelos turistas. Ela é formada por duas capelas, uma delas bem simples e sem grandes atrativos e outra lindíssima que abriga um relicário cuja lenda diz guardar o sangue de Cristo, colhido por José de Arimateia.

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A fachada é bonita, mas o interior é muito mais impressionante. Da primeira vez, eu fiquei deslumbrada e achei que era a igreja mais linda do mundo porque era pequena, fofa, aconchegante e cheia de pinturas bem coloridas cobrindo todo o espaço disponível nas paredes. Dessa segunda vez, eu já não fiquei tão empolgada, talvez por ter conhecido um punhado de igrejas e mesquitas tão ou mais lindas. Mas, de qualquer maneira, vale a pena visitar e tirar as próprias conclusões porque, afinal de contas, o mais legal de viajar é ver e sentir com os próprios olhos, né?

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Caminhar por Bruges com ou sem destino é uma delícia! O Marcelo é fã de mapas e, por isso, assim que chega a algum lugar, procura logo um centro de informações turísticas. Eu sou enrolada com mapas e gosto mais do momento em que concluímos que fizemos todas as visitas “obrigatórias”, porque aí chegou a hora de não ter mais planos e andar pela cidade sem rumo, voltando aos lugares que mais gostamos ou nos perdendo entre ruelas e lojinhas.

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Dessa vez não fizemos o passeio de barco, só da primeira. Eu recomendo porque é uma oportunidade de ver a cidade por outro ângulo.

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Talvez, se o tempo estivesse mais agradável, a gente se animasse a fazer o passeio, mas ver o pessoal com capa de chuva e cara de quem estava morrendo de frio não foi um incentivo, rs!

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Canais e casinhas numa rua pouco movimenttada

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Cantinho aconchegante

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Minnewater

O Minnewater é lago que fica num belo parque perto da estação de trem. É um cantinho tranquilo e delicioso pra descansar os pés e fugir um pouco da movimentação das praças centrais de Bruges. Há muitos cisnes nessa região e eles são uma atração à parte.

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Outro clássico de Bruges é a Begijnhof, um conjunto de casinhas brancas rodeadas por jardins bem cuidados que abrigam freiras beneditinas.

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O Stadhuis, prédio da prefeitura, com iluminação noturna

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A imagem da foto acima me transmite paz e sossego, que foi exatamente o que encontramos nas duas vezes em que estivemos em Bruges no final do inverno/início da primavera. Imagino que na alta temporada o clima seja bem diferente.

 

Gent

Quando voltamos da Bélgica na nossa primeira viagem ao país em 2007, alguém perguntou se tínhamos ido a Gent e nossa resposta foi negativa. Na época, nós emendamos o Carnaval e passamos nove dias entre Paris, Amsterdã, Bruxelas e Bruges. Não teria dado tempo de visitar outras cidades. Esse ano, com três dias inteiros, resolvemos dedicar um para cada lugar e incluímos Gent no roteiro. A cidade fica somente a meia hora de trem de Bruges e então não havia motivo para deixar de visitá-la.

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O mais interessante é que tenho três amigas que conhecem as duas cidades e todas elas me disseram que gostam mais de Gent. Isso me deixou ainda mais animada! Uma delas justificou a preferência por Gent dizendo que é uma cidade universitária e, portanto, o que não falta é gente animada e atrações culturais como festivais de música e cinema durante o ano inteiro.

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A cidade é realmente muito bonita e lembra Bruges, mas eu achei que ela possui um número maior de construções imponentes, como vocês podem conferir na foto abaixo.

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O esplendor arquitetônico de Gent

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Gent é uma cidade relativamente pequena e por isso é possível conhecer seu centro histórico e os principais pontos turísticos em um único dia. E o melhor: à pé. Assim como em Bruges, o passeio de barco pelos canais é uma atração bastante procurada pelos visitantes.

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Torre do Campanário

Entramos na Catedral de St. Bavo e também na de St. Nicholas, duas construções imensas e com um interior belíssimo, mas não nos empolgamos de subir a Torre do Campanário porque o dia estava bastante encoberto e uma chuvinha fina não parava de cair. Então seguimos para o Castelo de Gravensteen, onde nos abrigamos da chuva durante a visita.

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O Castelo de Gavensteen é o único castelo medieval preservado em Flandres. Não há luxo em seu interior nem salas decoradas com móveis, louças e objetos extravagantes, mas o visitante se surpreende com uma exposição de instrumentos de tortura que inclui uma guilhotina. Das muralhas do castelo, é possível avistar todo o centro histórico e conseguir belas fotos, o que não foi possível no nosso caso porque estava chovendo bastante quando chegamos ao nível superior onde fica o terraço.

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A Praça Vrijdagmarkt fica em torno da estátua de Jacob van Artevelde (uma figura histórica importante na cidade) e é ladeada por construções do século XVIII. Fizemos uma pausa para cervejas num bar em frente à estátua e foi lá que decidimos interromper o passeio e voltar a Bruges porque a chuva não parecia a fim de dar uma trégua. Foi uma pena não ter curtido a cidade como gostaríamos, mas isso faz parte de qualquer viagem. O importante é aproveitarmos o que dá pra aproveitar e não se chatear com os imprevistos.

 

Bruxelas

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Nossa última parada nessa viagem de férias foi em Bruxelas, outra cidade pela qual me apaixonei e estava ansiosa para voltar. Combinei de encontrar a amiga Patrícia Merella (brasileira que mora na Bélgica há 8 anos) no cartão postal da cidade, a Grand Place. Fiquei super feliz desse encontro ter acontecido! Conheço a Patrícia virtualmente há anos e já trocamos muitas mensagens, mas nunca havíamos nos visto pessoalmente. Conversamos durante algumas horas num café perto da praça, demos algumas voltinhas pelos arredores e nos despedimos com gostinho de “quero mais”. A Patrícia também adora viajar e conhece muitas cidades encantadoras no país que escolheu para viver. Vocês podem conhecê-la melhor por meio de seu blog MAISON DU CHOCOLAT.

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Edifício da Prefeitura de Bruxelas

A maior atração turística de Bruxelas é a Grand Place, também conhecida como Praça do Mercado. O espaço é rodeado de prédios históricos remanescentes dos séculos XV e XVI, além de charmosos bares, cafés e restaurantes com área externa para sentar, reparar nos detalhes da arquitetura e observar a vida passar nesse cantinho delicioso.

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No final do dia, pegamos um trem para Paris, já que nosso voo de volta ao Brasil partiu bem cedo na manhã seguinte. Sendo assim, decidimos nos concentrar na Grand Place e arredores. Porém, antes do encontro com a Patrícia, o Marcelo resolveu sair um pouco do centro e visitar algumas atrações mais afastadas, o que eu não curti. Acho que o grande barato de Bruxelas é mesmo essa praça cheia de atrativos e as ruelas que partem dela, recheadas de restaurantes de frutos do mar, cujos funcionários abordam os turistas oferecendo menus completos a preços fixos, com destaque para os pratos de mexilhões com batatas fritas, uma iguaria típica local.

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No meio da praça, alguns artistas expôem seus trabalhos e vendedores de flores colorem o ambiente com seus buquês variados. Todo ano par, no mês de agosto, a Grand Place é coberta com um tapete de flores que chega a reunir 500 mil plantas. Infelizmente, não tive o privilégio de visitar a cidade nesse período, mas as fotos que vi do evento são maravilhosas!

Durante a noite, a praça fica toda iluminada e é um espetáculo à parte. Lembro que da primeira vez, mesmo com o frio do inverno e a calefação que deixava a desejar, preferimos sentar numa mesa na área externa de um bar só para poder admirar a iluminação noturna das construções históricas.

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A Galeries Royales St-Hubert é uma galeria coberta repleta de lojas elegantes, muitas delas pâtisseries renomadas que decoram as vitrines de maneira impecável. Como estávamos na véspera da Páscoa, vocês podem imaginar como essa galeria era tentadora pra quem gosta de chocolate!

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O Manneken Pis é uma pequena estátua que virou símbolo da Bélgica e uma das atrações mais visitadas de Bruxelas. Em épocas festivas, o garotinho de bronze é vestido com roupas e fantasias feitas especialmente para ele. Seu guarda-roupa conta com quase mil modelitos. Algumas fotos da estátua passam uma impressão errada de seu tamanho por fazer com que o monumento pareça bem maior do que na verdade é. Aqui no Rio de Janeiro, há uma cópia dessa estátua em frente à sede do clube Botafogo. Ela foi adotada pelos torcedores do time e apelidada de “Manequinho”.

Em 2007, aproveitamos a viagem para conhecer também o ATOMIUM e só não visitamos a MINI-EUROPE porque a atração estava fechada para manutenção, mas esses são dois pontos turísticos que recomendo para quem for passear na Bélgica.

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Restaurante especializado em frutos do mar em Bruxelas

Para terminar esse post, deixo aqui algumas imagens suculentas do que não se pode deixar de experimentar na Bélgica, embora eu tenha estado lá duas vezes sem comer nenhum chocolate, rs! É porque faço parte de 0,00000001% da população mundial que não liga ou não gosta muito de chocolate, mas, pra compensar, provei muitas cervejas e também as deliciosas batatas fritas com e sem molho. E os waffles também são saborosíssimos, hummmmmm!

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Cervejas e batatas fritas (algumas lojas chegam a oferecer até 40 opções de molhos para acompanhar o petisco!)

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Waffles com uma infinidade de opções de recheios para todos os gostos

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Chocolates com diversos recheios que vêm em lindas embalagens, uma ótima opção de presente!

E assim terminou a segunda e última parte do post sobre as minhas férias mais recentes. Acho que seria mais interessante dividi-lo em relatos menores e separá-los por países, porém eu me conheço bem e sei que, se eu deixasse pra depois, acabaria nunca terminando essa postagem. Espero que esse texto seja útil para quem pretende viajar para os mesmos países em que estivemos ou para despertar a curiosidade e a vontade de conhecê-los. O Marcelo deve publicar a versão dele desse relato em breve no site MOCHILEIROS sob o codinome MCM, com informações logísticas e outros detalhes técnicos.

Um grande beijo pra todos com votos de muitas viagens incríveis no caminho de vocês!!!!

*Fontes:
http://www.viajarpelomundo.com/2009/07/nova-belgrado-em-tempos-de-paz.html
http://viagem.uol.com.br/guia/servia/belgrado/
http://viajarentreviagens.blogspot.com.br/2011/12/belgrado.html
https://planodeviagem.wordpress.com/2010/10/19/belgrado-uma-cidade-com-cicatrizes/
http://mochileta.blogspot.com.br/2013/04/servia-belgrado-parte-i.html
http://sertaolivre.blogspot.com.br/2013/11/dicas-de-viagem-belgrado-servia.html
http://humanitywonders.blogspot.com.br/2011/03/catedral-de-sao-sava.html
http://www.infoescola.com/biografias/nikola-tesla/
https://viajepordois.wordpress.com/2015/04/10/dobrodosli-u-srbiju-bem-vindo-a-servia/
http://viagem.uol.com.br/guia/servia/belgrado/atracoes/casa-das-flores/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarajevo
http://viagem.uol.com.br/guia/bosnia-e-herzegovina/sarajevo/
http://viagem.uol.com.br/noticias/2012/12/03/vinte-anos-depois-do-inicio-da-guerra-da-bosnia-sarajevo-renasce-para-o-turismo.htm
http://oglobo.globo.com/estilo/boa-viagem/predio-da-biblioteca-de-sarajevo-destruido-na-guerra-da-bosnia-reaberto-como-museu-12445348
http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/53/artigo263227-1.asp
http://albumdeviagens.blogspot.com.br/2013/10/a-bosnia-mostar-e-sua-ponte-simbolo.html
http://viagem.uol.com.br/noticias/2013/06/18/historia-chocolates-e-batata-frita-sao-atracoes-da-medieval-bruges-na-belgica.htm#fotoNav=7
http://www.viajarpelomundo.com/2011/03/gent-perola-de-flandres.html
http://www.imagensviagens.com/bruxelas.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manneken_Pis 

Bonfaass3

4 comentários:

Geltha Dubon disse... [Responder comentário]

Cada lugar mais lindo q o outro.Eu fico um tempão olhando as pontes q amo de paixão.Acho que na outra encadernação fui um rio....rsss
bjks

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@Geltha DubonAh, que legal, Geltha!!!! Eu também adoro pontes! Um super beijo!

Juliana Moreli disse... [Responder comentário]

Eu amo seus relatos de viagem! Ele são tão bem feitos!!!

Eu nunca me imaginei indo pra essa parte do mundo, mesmo pq a visão que eu tinha de lá era uma grande wasteland, cheia de cicatrizes da guerra e resquícios de comunismo da União soviética. Achava que os cidadãos eram ríspidos e não gostavam de estrangeiros. Que preconceito bobo.

Agora quero, e vou, um dia conhecer esses lugares tão lindos e tão cheios de história! Vou surpreender a moça do banco por ser brasileira também!

Que pena que esses lugares tenham uma história tão pesada, cheia de guerra, mortes. Mas de uma maneira isso serve pra todos se unirem e reconstruírem o local.

Continue viajando pra lugares diferentes pra ajudar gente que nem eu a entender mais os locais e perder o preconceito com algum deles!

Katia Bonfadini disse... [Responder comentário]

@Juliana MoreliOi, Juliana! Que interessante seu comentário, muito obrigada! Você tem razão, viajar faz a gente rever alguns preconceitos e muitas vezes se surpreender com algo inesperado. Eu também tinha preconceitos com muitos lugares por aí afora, até mesmo com a nossa vizinha Buenos Aires antes de conhecê-la. Agora a capital portenha é um dos meus destinos preferidos, adoro! E adoro ler relatos de viagem, mas como cada pessoa é única, não há nada melhor do que ir, ver e sentir por si mesmo, né? Ah, eu achei os russos mais frios e ríspidos, mas na Sérvia e na Bósnia, países tão castigados por guerras, achei as pessoas de uma simpatia singular. Pelo que pesquisei, essa impressão é praticamente uma unanimidade. Um super beijo com votos de muitas viagens maravilhosas no seu caminho!

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