Aniversário infantil: festão ou bolinho? Personagem da moda ou tema diferente?

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Quando comecei a me interessar pelo universo das festas e passei a pesquisar a fundo sobre esses eventos, uma coisa me chamou bastante a atenção: a quantidade de comemorações infantis fora do Brasil que não tinham um tema comercial, com personagem de desenho. Sites americanos dedicados ao assunto mostravam aniversários mais intimistas, com decorações lúdicas, que contavam alguma história. E logo eu percebi que era deste jeito que eu gostaria de trabalhar: saindo do convencional.

O aniversário de um ano da minha filha não foi exatamente “intimista”. Com uma família grande e um sem-número de amigos que tinham comemorado muito a chegada dela, a primeira festinha foi num buffet desses bem coloridos, cheios de brinquedos. Até aí, tudo igual a outras tantas festas. Mas, quando eu disse que não queria nenhum dos temas que a casa oferecia, a reação da proprietária foi de espanto. Eu preferia corujinhas, muitas corujinhas, apenas corujinhas, todas bem coloridas e alegres. E assim foi.

Fiz absolutamente todos os personalizados, lembrancinhas e forminhas para os doces da mesa. A casa me surpreendeu com lindas corujinhas de tecido e correu atrás de um muro inglês para o painel. É claro que quando a gente olha para trás, sempre acha que poderia ter feito isso ou aquilo diferente. No entanto, o que importa é que a festa ficou com a nossa cara, do jeito que eu tinha idealizado, sem um personagem conhecido. Quem chegava, ficava encantado com as peças que eu tinha feito com o maior amor do mundo!

Já no segundo ano, a comemoração foi mesmo em petit comité na sala da nossa casa. Avós, padrinhos (são quatro!) e tios muito, mas muito chegados mesmo. Não faltou “calor humano”, literalmente! Sanduichinhos caseiros, docinhos maravilhosos de uma tia e um bolo bem lindo e gostoso da Cup Cup Cupcakes fizeram sucesso. E o tema encantou a todos pela simplicidade, originalidade e doçura: a própria aniversariante e seu coelhinho de pelúcia preferido, o Sansão. O nome se deve ao fato de minha filha carregá-lo para cima e para baixo pelas orelhas, tal qual faz a Mônica dos quadrinhos.

No painel coloquei fotos deles dois, que imprimi em uma gráfica. Fiz molduras em papel e coloquei-as na parede em um formato conhecido como salon style. Na mesa, que na verdade era meu aparador, coloquei dois porta retratos com uma arte feita em camadas, sendo um com a letra M e outro com o número 2. A estante serviu como suporte para lembranças, doces e objetos decorativos. Cenouras recheadas com balas e coelhinhos que escondiam um bombom fizeram companhia ao Sansão e sua réplica em papel.

Viu só? Um orçamento mais apertado, ou a falta de espaço, ou mesmo o desejo de fazer uma comemoração menor não significam que a festinha tem que ser sem graça. Pelo contrário. O charme está nos detalhes, nas coisas singelas, pensadas especialmente para a ocasião. Não é preciso uma superprodução, nem um montão de personalizados. Olhe ao seu redor e veja de que forma você pode usar o que já tem. Pense no aniversariante, nos seus gostos e peculiaridades e use essas características na decoração. E assim você terá uma festa única e memorável.

O terceiro aniversário dela está chegando. Daqui a exatamente um mês será a comemoração. Os preparativos já estão a todo o vapor aqui no studio, sendo confeccionados com muito carinho. O tema, ainda que não exatamente original, tem um significado muito especial. Você vai ter que esperar um pouquinho para ver a decoração e saber o motivo dela, mas eu garanto que vai valer a pena.

Até a próxima coluna!

Patricia Haddad

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